O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou contra o pedido de habeas corpus do governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), investigado por desvio e lavagem de dinheiro em contratos públicos durante a pandemia da Covid-19.
De acordo com a Polícia Federal, o governo estadual pagou mais de R$ 97 milhões na compra de cestas básicas e frangos, com um prejuízo estimado em R$ 73 milhões aos cofres públicos. Parte desses valores teria sido usada para financiar a construção de um resort de luxo em Taquaruçu, registrado em nome dos filhos do governador, além de custear despesas pessoais e compra de gado.
A defesa de Barbosa alega que as medidas cautelares impostas são baseadas em fatos antigos e de forma genérica. Já o MPF sustenta que existem indícios de continuidade do esquema, o que justificaria a manutenção do afastamento.
O caso está sob relatoria do ministro Edson Fachin, no Supremo Tribunal Federal (STF), que deve decidir se o governador permanecerá afastado do cargo por mais 180 dias.