A votação da PEC da Blindagem desencadeou uma série de conflitos internos em diversos partidos políticos, provocando embates entre deputados e senadores da mesma legenda. O episódio resultou em trocas de acusações durante reuniões das bancadas partidárias, expondo divergências sobre o processo de negociação e aprovação da proposta. A apuração é de Julliana Lopes no CNN Arena.
Partidos como MDB e PSB enfrentaram momentos tensos em suas reuniões internas. Senadores manifestaram insatisfação com a falta de comunicação, alegando que não foram devidamente informados sobre as negociações em curso na Câmara dos Deputados. O descontentamento foi expresso em encontros partidários, onde os parlamentares criticaram a condução do processo.
Acordo frustrado
Do lado dos deputados, a justificativa apresentada foi de que houve um acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tentar impedir o andamento da anistia. Segundo eles, os votos favoráveis à PEC da Blindagem foram dados com esse objetivo. No entanto, o acordo não se sustentou, resultando na aprovação da urgência da anistia.
A situação expôs a Câmara dos Deputados a intensas críticas da opinião pública, afetando também a imagem de Hugo Motta. O cenário atual demanda uma nova gestão de crise, em um momento em que já existem pressões do Centrão e da oposição relacionadas à questão da anistia, além de questionamentos sobre a capacidade de articulação e cumprimento de acordos no Congresso Nacional.