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Não sou lulista

Narciso Mendes - Opinião em 30 Linhas.

Me revolta quando determinados sujeitos me acusam de petista, e pior, por àqueles que se fartaram na gamela do PT.


Não foi de livre e espontânea vontade que decidi me afastar da nossa atividade política, foi sim, forçado, isto por não mais acreditar no nosso sistema partidário. No que fiz muito bem, porque o nosso sistema partidário restou ainda pior do que eu imaginava.


Com mais de 20 partidos integrando as nossas principais Casas parlamentares: Senado, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras de vereadores, só e somente só, à base das negociatas as nossas leis, por vezes, são aprovadas.


Neste particular, todos os nossos presidentes, desde a nossa redemocratização, tiveram que se submeter aos interesses particulares de cada um dos nossos partidos políticos e não dos interesses públicos.


Nos mandados Executivos: o Presidência da República, os governos das nossas 27 unidades federadas e nas nossas 5.560 prefeituras, os detentores de mandatos são obrigados a atender os interesses advindos dos seus correspondentes parlamentos, alguns deles, contrariando os seus próprios compromissos eleitorais. Do contrário, não conseguirão aprovar os seus mais emblemáticos compromissos eleitorais.


Num crescendo, os nossos detentores de mandados executivos foram obrigados a ceder os seus próprios poderes aos seus apoiadores que se fazem presentes nos seus respectivos parlamentos.


Exceto o presidente Fernando Henrique Cardoso, cuja base congressual fora eleita no decorrer de sua própria campanha eleitoral, de lá para cá, todos os nossos presidentes tiveram que se curvar aos interesses dos nossos congressistas.


Os próprios impeachments do então presidente Fernando Collor e da presidente Dilma Rousseff decorreram das suas incapacidades ou resistências de não terem aderido a jogatina que estava sendo jogada, ao nosso já tradicional toma-lá-dá-cá.


De pior a pior, feito a cantiga da perua, devidamente tramado e posto em prática, surgiram às tais emendas parlamentares aos nossos orçamentos públicos. Falando de corrupção e de compra de votos, nada pior poderia ter acontecido, afinal de contas, cada um dos nossos senadores e cada um dos nossos deputados federais, a favor de si mesmo, contam anualmente com no mínimo, R$-50,00 para fazer de tamanha dinheirama o que melhor lhes convier.


Enquanto a nossa atual legislação político/partidária/eleitoral se mantiver, jamais a nossa democracia se fortalecerá, até porque, o que haveremos de esperar de uma democracia que decidiu legalizar a compra de votos e a corrupção? As tais emendas somam, por ano, R$-50 bilhões.


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