A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) julgou nesta quinta-feira, 25, o habeas corpus de Diego Luiz Gois Passos, conhecido como “Agroboy”, apontado como principal suspeito de atropelar e matar a assessora jurídica do TJAC, Juliana Chaar Marçal, na madrugada de 21 de julho de 2025, no bairro Isaura Parente, em Rio Branco.
Os desembargadores da Câmara Criminal decidiram que Diego Luiz responderá ao processo em liberdade, mediante medidas como recolhimento domiciliar noturno, monitoramento eletrônico e proibição de frequentar bares.
A decisão levou em conta que ele é primário e residente em Rio Branco. O relator do caso foi o desembargador Samoel Evangelista, cujo voto foi vencido pelos colegas Francisco Djalma e Denise Bomfim.
Diego Luiz e o advogado Keldhkey Maia da Silva, amigo da vítima, foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em agosto deste ano e a denúncia foi acolhida pela 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco.
Ambos são acusados de envolvimento na ocorrência que resultou na morte de Juliana. Eles respondem por homicídio qualificado, crime que considera circunstâncias agravantes que aumentam a gravidade do ato.
De acordo com a denúncia, Diego Luiz teria atropelado Juliana de forma intencional e por motivo fútil, após uma discussão, provocando ferimentos graves e colocando em risco outras pessoas presentes.
Já Keldhkey Maia é acusado de participar da ação criminosa e de portar ilegalmente arma de fogo antes do fato, o que motivou também a imputação de porte ilegal de arma.
Keldhkey havia sido preso pouco tempo depois da ocorrência, mas foi liberado na quinta-feira passada (18), após mais de 40 dias detido, em decisão favorável a um recurso da defesa.