Força-tarefa resgata trabalhadores venezuelanos em condições análogas à escravidão

Por
Terezinha Moreira

Uma operação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Polícia Federal (PF) resgatou dois trabalhadores venezuelanos em condições análogas à escravidão em uma obra da Secretaria de Educação de Rondônia (Seduc-RO). A ação ocorreu na Escola Estadual Indígena 5 de Julho, na Aldeia Ricardo Franco, em Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia.


Segundo a fiscalização, os trabalhadores estavam há dois meses no canteiro de obras, contratados sob promessas de salário compatível, pagamento quinzenal e folgas mensais — condições que não foram cumpridas. Eles viviam em alojamento insalubre, com presença de morcegos, sem acesso a higiene adequada, recebendo alimentação em parte oferecida por indígenas da comunidade para evitar que passassem fome.


Além do atraso nos salários, foi constatada restrição de liberdade, já que não possuíam recursos para deixar o local. Para o MPT, o caso reflete um padrão recorrente de exploração: aliciamento por falsas promessas e posterior submissão a condições degradantes.


A força-tarefa destacou que o combate ao trabalho escravo exige atuação integrada entre órgãos públicos para garantir responsabilização e prevenir novas violações.


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Terezinha Moreira