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O mundo tem dono?

Por
Narciso Mendes

Para o presidente Donald Trump, quando lhes convém, os direitos humanos são de pronto, desrespeitados.


Ao dizer que havia sido eleito para mandar no mundo e não apenas nos EUA, pelo que já fez e continua fazendo, o presidente Donald Trump mantém-se aferrado a ideia de se tornar no único mandatário do mundo.


Que as suas pretensões do dito cuja jamais se realizarão não tenhamos a menor dúvida, até porque, os demais chefes de Estado, e em todo o mundo, já passaram a tê-lo na conta de um desestabilizador da ordem mundial, e em consequência disto, pela primeira vez, em toda sua história, os próprios EUA já estão sendo considerados como um parceiro inconveniente e indesejável.


Quem já tomou conhecimento do tratamento desumano que o presidente Donald Trump vem dispensando aos imigrantes que aportaram nos EUA, jamais concordará que ele é um defensor dos direitos humanos. A provar que não, basta que avaliemos o apoio que ele tem dado, e de forma incondicional, ao tirano Benjamin Netanyahu, este sim, um verdadeiro genocida. Combater o Hamas, enquanto organização terrorista, tudo a favor, mas eliminar mulheres e crianças palestinas que nada tem com o terrorismo da referida organização, é outra.


Ao pretender fazer da sua América grande novamente, independente dos interesses dos demais países, é uma presunção irrealizável e plenamente inaceitável, até porque, a pretensão de engrandecer os países é o que todos governantes mais desejam.


O tarifaço que o presidente Donald Trump pretendeu impor a todos os países do mundo não poderá prosperar, e isto porque, praticamente todos os países do mundo jamais se submeterão a aceitá-lo.


Se o relacionamento comercial entre os EUA e o Brasil sempre foi e continuaria superavitário aos EUA, o que vem justificar o tarifaço de 50% que ele nos impôs? O que justifica os tarifaços que ele pretendeu impor ao Canadá e ao México, seus dois únicos vizinhos.


Se a sua pretensão é a de se contrapor a China, no fundo no fundo, com quem terá que competir pela hegemonia mundial, o efeito já se revelou o contrário, até porque, numa velocidade impressionante a China, outrora tida e havida como essencialmente comunista, vem se transformando num país em que o seu capitalismo vem se prestando como exemplo para os próprios EUA.


Jamais aplaudirei o rompimento das relações comerciais entre o nosso país e os EUA, quanto que a nossa soberania nacional não venha ser afetada, conquanto as nossas leis e não as deles venham prevalecer.


Nada contra aos EUA se tornar grande novamente, conquanto o nosso país também possa crescer.


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Por
Narciso Mendes