Foto: Sérgio Vale/ac24horas
“O futuro a Deus pertence”. Foi o máximo que consegui arrancar do prefeito Tião Bocalom (PL), sobre ser candidato ao governo em 2026. Em outras ocasiões chegou a falar que se o grupo que esteve unido na sua eleição assim entender, ele poderia aceitar disputar a cadeira do Palácio Rio Branco. Me parece ser clara a estratégia do Bocalom: esperar que a vice-governadora Mailza Assis apareça mal nas pesquisas do próximo ano e ele ser chamado como a bala de prata do poder. Uma coisa é certa, lhe apetece a hipótese de ser candidato. Os seus assessores mais próximos o dão como candidato em qualquer cenário. O Bocalom é um político imprevisível, pode decidir contra tudo e contra todos, deixar a prefeitura é ser candidato a governador. Não duvido de nada. O charada se o Tião Bocalom será ou não candidato a governador só será decifrada no começo do próximo ano. Até lá, só especulações.
COISA DE ADVERSÁRIO
Mandei postagem hoje (22) ao prefeito Tião Bocalom, perguntando se procediam boatos que sua mulher Kelen Rejane seria candidata a deputada em 2026. A resposta : “Isso é coisa de nossos adversários (candidatos ao governo) que têm medo de nos enfrentar numa majoritária (candidatos ao governo)”.
REGISTRO A SER FEITO
Falam muito numa “truculência” do prefeito Tião Bocalom com quem não concorda com ele. Não comungo com sua pauta ideológica, faço críticas à sua gestão (nunca pessoal), mas tenho que registrar: nunca moveu um ato de perseguição com ações judiciais, e sempre tratou as críticas como democrata. Desconheço, também, perseguição a colegas da imprensa. Faço o registro com autoridade, porque nunca lhe pedi ao longo do seu mandato e vida política para me pagar um café. Para não dizer que não falei de flores, faço o comentário. E, também, para ser justo.
PREFEITO DE PLANTÃO
O secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, virou uma espécie de prefeito de plantão; até o anúncio de obras, é ele que faz. Rennan ficou forte a partir do momento que o suplente de deputado federal Fábio Rueda (UB) pediu sua cabeça na bandeja e o Velho Boca negou.
VANDA NA PRESIDÊNCIA
A ex-deputada federal Vanda Milani deverá assumir a presidência do PSDB. A notícia foi passada ao BLOG pelo secretário do partido, André Hassem. Vanda vai disputar em 2026 uma vaga na Câmara Federal.
CHAPA ENCAMINHADA
O PSDB já tem um esboço de chapa para a Câmara Federal encaminhada, com Vanda Milani, Pedro Longo, Minoru Kinpara e Michel Marques. Faltam cinco nomes para fechar.
NÃO É QUESTÃO DE GOSTAR
Não se trata de achar o governador Gladson Cameli a última bolacha do pacote e nem de ser um gestor fora de série, o comentário é puramente político, nada a ver com a sua administração: É um vencedor, caminhando para o fim do seu mandato, com 47 anos, já foi deputado federal, senador, governador, e se não tiver impedimento jurídico pelo STJ, será favorito a uma das duas vagas do Senado em disputa. Uma carreira, até aqui, brilhante.
NÃO DUVIDO DE NADA DO BOCA
Me perguntaram ontem, se achava se o prefeito Tião Bocalom seria candidato ao governo em 2026. Conheço a carreira política do Boca, não é de recuar, e se colocar na sua cabeça que vai disputar o governo, não terá ninguém que lhe demova. Se a sua candidatura vai trombar no PL com os interesses do senador Márcio Bittar (PL), que diz ser a prioridade do partido sua reeleição, é outra conversa.
ARTIGO ELEITORAL
Deveria haver no Código Eleitoral um artigo com condenação para o político que cometesse burrice. Se tivesse, a turma do Bolsonaro estaria condenada. O Lula estava no fundo do poço, mal na opinião pública e na avaliação do seu governo. Vieram junto com o Trump com a aplicação de um tarifaço que prejudicou o empresariado brasileiro e causou milhões de prejuízos; desfilaram com a bandeira dos EUA num ato público, e com isso deram ao Lula a bandeira do nacionalismo, que é um mote forte; aprovaram a PEC da Bandidagem, que levou no domingo milhares de de pessoas protestando pelo Brasil; e com isso o Lula passou a liderar todas as pesquisas para a presidência. Com a soma das burrices, ressuscitaram o Lula, que passou a ser um nome forte em 2026. O radicalismo cega.
DEVE CAIR
Pelas projeções dos senadores e do presidente da CCJ do Senado, senador Otto Alencar (PSD), a PEC da Bandidagem- aprovada na Câmara Federal, que pode servir de proteção a um membro de organização criminosa que se eleger deputado – deve ser enterrada pela maioria dos votos dos senadores, amanhã. Da bancada acreana, somente o senador Sérgio Petecão (PSD) declarou voto contra a PEC.
POVO FOI PARA AS RUAS
O povo foi para as ruas no domingo protestar contra a PEC da Bandidagem, com manifestações gigantes como em São Paulo e Rio de Janeiro. Na Avenida Paulista, para contrapor a bandeira dos EUA estendida no ato promovido pelo Pastor Silas Malafaia, os manifestantes estenderam a bandeira do Brasil, numa jogada de marketing inteligente.
NÃO VAI MUDAR
A sanção do governo dos EUA contra a mulher do ministro do STF, Alexandre de Moraes, longe de reverter a condenação do ex-presidente Bolsonaro e seu grupo, só complica. A luta deveria ser para que, pela sua saúde muito fragilizada, o ex-presidente Jair Bolsonaro não venha cumprir pena numa prisão, mas em regime domiciliar, como acontece com o ex-presidente Fernando Collor. Seria até um ato de humanidade.
A CHAPA VAI ESQUENTAR
Ninguém pense que a disputa do governo em 2026, será em clima de paz, mas, na base do pescoço para baixo tudo vale. Sei de candidato que tem munição forte para jogar no ventilador. Pelo que estou sabendo, o jogo será pesado. A chapa vai esquentar.
BINHO DESCARTADO
Chegou a ser cogitado, mas o nome do ex-governador Binho Marques está fora de cogitação para ser o primeiro suplente na chapa de Jorge Viana ao Senado. O próprio JV descartou.
NÃO QUER CONVERSA
O ex-governador Binho não quer participar mais da política. Vive hoje tranquilo, numa cidade bucólica de cerca de 2 mil habitantes, na divisa de Minas Gerais com São Paulo.
FALANDO DE VICE
O posto mais disputado na chapa da vice-governadora Mailza Assis para o governo será o de vice. Por um motivo: se ela ganhar, não poderá disputar a reeleição; e o vice, seria a bola da vez da disputa do governo após o fim do seu mandato.
SEM BOLA DE CRISTAL
É um equívoco, uma ilação, se afirmar de forma categórica que existe um candidato imbatível na disputa do governo em 2026. As pesquisas são um indicador de aceitação, mas registram apenas um momento. O jogo só começará em 2026, quando a campanha estiver nas ruas do estado.
ARTIGO INTERESSANTE
O empresário Marcelo Moura escreveu um artigo interessante sobre transporte público, no AC24horas, que deveria ser lido e refletido pelo prefeito Bocalom. Seu teor foge da mesmice.
FORA DO RADAR
No entendimento dos dirigentes do MDB, a Jéssica Sales ser a vice de uma das chapas que disputará o governo, seria queimar uma liderança. O foco continua sendo dela disputar o Senado. O que é avalizado pela direção nacional do MDB.
TESES EM CONFLITO
O cenário da disputa do governo em 2026 será o do senador Alan Rick (UB) como crítico do governo do Gladson Cameli, pregando um novo modelo de gestão; a Mailza Assis defendendo o projeto que se encontra no poder e suas conquistas; e o candidato Thor Dantas (PSB) criticando ambos.
O BICHO PEGA
Cada partido terá direito a uma chapa com nove candidatos a deputado federal. Só que pela legislação, cada chapa terá que ter três mulheres. Esse é o nó maior, pela falta de nomes com votos disponíveis. Neste ponto, o bicho pega.
FRASE MARCANTE
“Os idiotas vão tomar conta do mundo, não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”. Nelson Rodrigues, dramaturgo e jornalista.