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Dino abre inquérito contra Bolsonaro com base em parecer da CPI da Covid

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CNN Brasil

O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal) pediu abertura de inquérito na quarta-feira (17) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 23 aliados com base no relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19.


De acordo com o ministro, o documentro elaborado ao final da comissão apresentou indícios de crimes e continha os requisitos legais necessários para a instauração de Inquérito Policial.


“Destaco que a investigação parlamentar apontou indícios de crimes contra a Administração Pública, notadamente em contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de recursos públicos, assinatura de contratos com empresas de ‘fachada’ para prestação de serviços genéricos ou fictícios, dentre outros ilícitos mencionados no relatório da CPI”, diz Dino.


Em 2021, a CPI indiciou os citados na ação. Dois anos depois, no final de 2024, a PF (Polícia Federal) pediu para converter a investigação parlamentar em Inquérito Policial. É este o pedido acatado por Dino na quarta-feira (17). Agora a PF vai complementar as investigações da CPI.


O pedido se dá dois dias após a Câmara dos Deputados aprovar a PEC da Blindagem, que dificulta a prisão e processos criminais contra deputados e senadores. A proposta restringe prisões em flagrante de congressistas e exige aval do Legislativo para abertura de ações penais. O texto estabelece ainda prazo de 90 dias para análise de licença prévia para prisão ou processos.


Dentre as 24 pessoas que serão investigadas, 7 delas são parlamentares com mandato. São eles:


Flavio Bolsonaro, senador


Ricardo Barros, deputado


Eduardo Bolsonaro, deputado


Osmar Terra, deputado


Beatriz Kicis, deputada


Carla Zambelli, deputada


Carlos Jordy, deputado


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