O Acre deve levar à COP30 um dado sensível: o Estado emite cerca de 150 toneladas de carbono para cada R$ 1 milhão de PIB, um dos índices mais altos da Amazônia. O desafio é reduzir esse peso sem travar o crescimento econômico.
Apesar do desmatamento, o Acre preserva a maior parte de seu território: mais de 80% da área segue coberta por floresta. Esse dado será um dos principais trunfos da delegação acreana na conferência.
Recordar é viver: a “era PT” no Acre apostou em projetos industriais e agroindustriais de grande porte, financiados com forte aporte de recursos públicos (estaduais, federais e bancários). O custo foi de bilhões de reais, mas a maioria não conseguiu se manter de pé sem subsídios, resultando em endividamento, falências e estruturas ociosas.
Nesse contexto, quem não se lembra da “fábrica de taco” em Xapuri? Tem gente que até hoje acha que iriam sair dali tacos de sinuca -ao contrário, quase vira uma sinuca de bico para quem levou fé. Hoje, com mudanças gerenciais e na natureza jurídica, o negócio vai sendo tocado.
Não tem como Marcio Bittar ser o candidato ao lado do Gladson Cameli na chapa ao Senado, se Bocalom for candidato ao governo do Acre. Bittar vive repetindo que a prioridade do PL é eleger um senador. Ele não vai se arriscar na aventura do Bocalom, caso sinta que isso prejudicará sua candidatura.
Agora, como Marcio Bittar ainda não declarou quem vai apoiar para o governo, tudo pode acontecer. É só lembrar das eleições de 2022. Naquela campanha, insatisfeito com a decisão do Gladson, que tirou a sua ex-esposa, Márcia, da chapa majoritária, o Bittar se lançou candidato ao governo e teve uma votação pífia.
O prefeito de Sena Madureira Gerlen Diniz, do PP, já foi líder do Governo quando era deputado estadual. Mas depois que assumiu a prefeitura, andou descontente por conta dos cargos estaduais em Sena, que foram dados ao seu arquirrival, ex-prefeito Mazinho Serafim, do Podemos. Na semana passada, Gerlen visitou o governador Gladson Cameli para convidá-lo para a abertura da ExpoSena. Ele aceitou o convite, mas essa trégua não deve durar muito.
O fato é que as disputas políticas em Sena Madureira se transformaram numa “guerra”. A filosofia é “o amigo do meu inimigo é meu inimigo também”. Essa situação o governador Gladson Cameli terá que administrar até as próximas eleições. Mas uma coisa é certa: os grupos políticos do Gerlen e do Mazinho não apoiarão a mesma candidatura ao governo. E nem ao Senado…
A cena do segurança baixando o sarrafo em um homem no Festival de Praia de Brasiléia traz à tona o debate sobre como lidar com inconvenientes sem esfolar o interlocutor. No fim, o segurança demonstrou apenas que nunca deveria ter sido contratado para o serviço.
Para o deputado federal Coronel Ulysses, do UB, pedir pra colocar seu nome na extensa lista de candidatos ao Senado não deve ser sem motivo. No mínimo pode conseguir vantagens para, no momento adequado, se retirar do jogo com bons recursos para uma possível campanha à reeleição.
Há mais de 30 anos que os políticos acreanos repetem a “cantilhena” da necessidade de uma integração com o vizinho Peru. Nesse período não aconteceu nada além de milhões gastos de dinheiro público em viagens para diversos destinos peruanos com a desculpa “de la integración”.
Carlinhos do Pelado tem sido uma atração à parte nos eventos de Brasiléia. No Festival de Praia, que encerrou no domingo (14), se esbaldou no piranambu cozido, desceu de tobogã no rio e deitou e rolou com as crianças na Praia do Izidorio. Ainda fez questão de tirar fotos com garrafinha de água na mão. É isso aí, perfeito!
O fato é que a integração interna do Acre deveria ser a prioridade. A Capital e o Vale do Juruá estão praticamente “apartados” como um rio no verão amazônico. A BR-364 que liga as duas regiões é uma “buraqueira” só, com uma viagem de ônibus demorando em torno de 20 horas.
Apesar de ainda não haver sinalização oficial de greve, os trabalhadores do transporte não descartam uma paralisação geral. Caso o projeto não seja aprovado nesta quinta-feira, a categoria pode cruzar os braços já na sexta, o que afetaria diretamente a população.
E por falar em transporte, fica a pergunta que não quer calar: e os ônibus elétricos anunciados ainda no ano passado por Bocalom, como andam as tratativas?
O campus da Ufac em Rio Branco recebe visitantes praticamente todos os dias, mas nos fins de semana as famílias optam por realizar passeios e piqueniques à beira do lago, onde ficam jogando alimentos, em geral processados, para peixes, jacarés e capivaras. A Ufac deveria avaliar um controle sobre isso, já que não é possível dizer se está fazendo bem ou mal aos bichos.
Mais de 300 acreanos se inscreveram para concorrer às 14 vagas de Juiz de Paz, cargo que busca valorizar a cidadania com mandato de quatro anos. O pleito, de voto facultativo, amplia a participação popular no Judiciário comunitário.
Falam que a eleição de juízes de paz no Acre fortalece a democracia ao permitir que cidadãos leigos disputem salários de até R$ 5 mil. O processo mostra a sociedade envolvida diretamente em funções de conciliação e celebração de casamentos.
O Freitas precisa urgentemente se aconselhar com seu camarada fazendário do Espírito Santo, Estado que há anos, segundo o Brasil em Mapas, lidera o ranking nacional de solidez fiscal. O Acre é apenas o 23º, meu caro Amarísio.
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, foi à Brasília passar o fim de semana às expensas da Viúva, sob o pretexto de discutir a situação financeira dos municípios. Entre discursos sobre a PEC 66, esqueceu de lembrar que a capital acreana deve mais de R$ 4 milhões em precatórios, com mais de 240 decisões judiciais cobrando no TJAC.
Em Brasília, Tião Bocalom celebra a promessa de “alívio fiscal” da PEC 66. Enquanto isso, em casa, Rio Branco carrega milhões precatórios e acumula centenas de cobranças judiciais no Tribunal de Justiça. Um peso real que não cabe no discurso leve da viagem oficial.
Se for para criticar gastos públicos, quanto vale a vinda do Zico para falar sobre liderança? Mas a coluna, no entanto, tem o entendimento de que uma palestra dessa tem um poder transformados para muitos jovens que vão assistí-la. São valores não contábeis. São intangíveis.
Institucionalmente, tudo foi dentro do roteiro da civilidade na audiência com os posseiros do Seringal São Bernardo e representantes da Defensoria Pública. A conferir como a novela com os novos donos da terra que fazem manejo madeireiro vai terminar.
Sobre nota da coluna, ontem, comentando pagamentos feitos à Coronel Renata, comandante da PM, não há nada de irregular. Apenas se comentou os valores por serem em grande monta. A Coronel é uma oficial de conduta ilibada, que goza de prestígio na tropa e que serve com bravura a gloriosa Polícia Militar do Acre.