O voto do ministro de STF Luís Fux deu uma baita fuxicada no julgamento da trama golpista.
Em todo e qualquer julgamento realizado por um colegiado, inclusive pelo nosso STF-Supremo Tribunal Federal, o resultado prevalente independe da unanimidade dos seus integrantes, seja para condenar ou para absolver os acusados, depende sim, da maioria dos votantes.
Ainda assim, o voto do ministro Luiz Fux resultou numa fuxicada que surpreendeu e muito agradavelmente, os advogados dos acusados, em particular, àqueles que defendem o ex-presidente Jair Bolsonaro, posto que, em seu voto, o ministro Luiz Lux o julgou totalmente inocente.
Por se tratar de um julgamento com inequívoco viés político, e isto em consequência da polarização lulismo/bolsonarismo, para a grande maioria da nossa população são os interesses políticos que devem prevalecer. Só assim a justiça será feita.
Se o ex-presidente Jair Bolsonaro, para os bolsonaristas, não cometeu nenhum crime na presente trama golpista, sequer um pecadilho, como seria esperado, para os lulistas ele se comportou muito mal, por ter cometido os mais gravosos crimes.
Que o voto do ministro Luís Fux iria provocaria um baita fuxicada, qualquer que fosse sua decisão, pois neste sentido o mesmo vinha sendo especulado, neste particular, acertou quem esperou para dele ter ciência.
Embora o voto do ministro Luiz Fux não fosse determinante para inocentar o ex-presidente Jair Bolsonaro e demais integrante da trama golpista, futuramente o mesmo será utilizado na tentativa de indultá-lo em futuros julgamentos, e muito acertadamente, se nas eleições presidenciais de 2026, um bolsonarista vier ser eleito.
O próprio governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já disse e continua repetindo que, caso eleito presidente, o seu primeiro ato será indultá-lo. Ainda que esta pretensão represente um menosprezo a nossa própria suprema corte de justiça, neste particular, o próprio Tarcísio de Freitas já chegou a assim se pronunciar “eu já não acredito na justiça do nosso país”.
A partir dessa confirmação, o que fará o presidenciável Tarcísio de Freitas, caso eleito, para tornar a nossa justiça confiável? Sem dúvidas, esta afirmação não poderia ser mais preocupante e infeliz, posto que, qual a espécie de justiça que ele pretenderá instituir?
Do voto do ministro Luiz Fux, duas explicações se fazem indispensáveis e necessárias, a exemplificar duas delas: porque ele concordou que a trama golpista fosse julgada pelo STF e no seu esquisito voto defendeu que a atual trama golpista fosse julgada na primeira instância e porque condenou mais de 200 integrantes da referida trama?