O ex-vereador Marcio Batista segue na condução do PCdoB de Rio Branco pelos próximos dois anos. O nome dele foi escolhido, por unanimidade, neste sábado (13/9), ao lado de Naluy Macedo, que ficou na vice-presidência. A Conferência Municipal foi realizada no auditório da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre).
Marcio Batista destacou a importância da realização das conferências municipais para o partido. De acordo com ele, a ideia é ampliar o debate democrático interno e mobilizar as forças partidárias para as batalhas decisivas e necessárias de 2026. Ele salientou que o PCdoB está presente e organizado em 80% dos municípios do Acre.
“Esse movimento exitoso em boa parte do Brasil, também é exitoso aqui no Acre. Foi o único partido que em 2025, até agora, teve a capacidade de mobilizar as suas bases no estado inteiro, praticamente, trazendo o debate da soberania nacional, trazendo o debate da democracia, trazendo o debate da necessidade de oxigenar os movimentos sociais. É esse movimento que nós estamos a fazer”, ressaltou.
Naluy Macedo, vice-presidente eleita do PCdoB municipal e presidente da União Brasileira de Mulheres no Acre (UBM), destacou a participação delas no cenário político. “É sempre um orgulho ouvir mulheres falando, se posicionando, construindo a história, como muitas no nosso partido constroem. Por isso tenho muito orgulho da participação feminina e feminista do PCdoB. Aqui não tem ninguém que tenha vergonha de ser comunista. Não tem ninguém que arrede o pé dessa luta”.
Já o presidente estadual da sigla, Eduardo Farias, disse que o PCdoB é um instrumento de luta e de resistência do povo brasileiro. Ele destacou o trabalho da União da Juventude Socialista (UJS) e da Uninegro (União de Negras e Negros pela Igualdade). Farias também pontuou que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus, acusados de tramarem contra a democracia, mostra ao Brasil um novo caminho.
“Me anima muito o trabalho que a UJS está fazendo. Me anima muito também ver a Unegro com protagonismo. Isso tudo vai fazendo com que a gente se anime cada vez mais. Aquilo ali [condenação de Bolsonaro] não só reanimou o nosso espírito, mas abre uma porta para a gente reconstruir um Brasil novo. O Brasil que sabe agora que, àquele caminho do ódio, do fascismo, da negação das minorias, da negação das pessoas que mais necessitam neste país, ele não é o caminho que o brasileiro quer. Nós precisamos reconstruir um novo caminho: da solidariedade, da paz, o caminho em que as pessoas tenham o que comer de manhã, meio-dia e a noite, no mínimo”, disse Eduardo Farias.
A ex-deputada federal Perpétua Almeida defendeu a união da esquerda para barrar o crescimento da extrema-direita e o retorno dela ao comando do país. “O presidente Lula disse o seguinte: ‘se eu estiver bem no ano que vem, do jeito que estou hoje, essa extrema-direita não volta ao poder no nosso país’. Olha o tamanho da nossa responsabilidade. Em um cantinho aqui distante do restante do Brasil, a nossa responsabilidade de ajudar o presidente a reconquistar a cadeira de presidente para não deixar essa extrema-direita voltar ao Brasil.
Em Rio Branco, quase 200 pessoas participaram da Conferência Municipal neste sábado. Além da capital, as conferências municipais já aconteceram em 12 cidades do Acre, mobilizando mais de mil pessoas. São elas: Feijó, Tarauacá, Senador Guiomard, Cruzeiro do Sul, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Bujari, Sena Madureira, Brasileia, Assis Brasil. Ainda serão realizadas conferências em Xapuri e Santa Rosa do Purus, no domingo, dia 14. O deputado estadual Edvaldo Magalhães fez um breve apanhado do trabalho realizado até aqui.
“O nosso partido teve a capacidade de tomar uma decisão em novembro do ano passado, a partir de um chamamento nacional, que era a necessidade de fazermos um trabalho de revigoramento partidário. Nós, vamos encerrar amanhã, mais de 15 conferências municipais no estado inteiro. Isso representa mais de dois terços do Acre. Portanto, de forma majoritária, com reuniões como essa, presencial. Nenhum partido teve essa condição de fazer esse tipo de atividade. Hoje, aqui, nós superamos 1.160 militantes mobilizados”.