O líder da Prefeitura na Câmara de Rio Branco, vereador Márcio Mustafá, tem sido alvo de críticas pela sua postura em relação à imprensa. Segundo observadores, o parlamentar demonstra resistência em conceder entrevistas, evita se posicionar sobre temas em tramitação no Legislativo e não consegue detalhar pautas da Casa. Para alguns críticos, sua atuação estaria abaixo até mesmo do desempenho de seu antecessor, o vereador Rutênio Sá.
Parece que o deputado estadual Manoel Moraes está levando a sério mesmo a sua pré-candidatura ao Senado. Durante a entrega de títulos definitivos, em Acrelândia, nessa semana, não saiu de perto do governador Gladson Cameli e apareceu em todas as fotos. Ele quer ser o número 2 na chapa do PP ao Senado. Quá-quá-quá-quá!
A presença constante do Manoel Moraes nessas entregas de títulos é explicável. A presidente do Instituto de Terras do Acre, Gabriela Câmara, é sua nora. Realmente na gestão da Gabriela houve um aumento notável na entrega de títulos urbanos, rurais e para entidades religiosas em todo o estado. E quem recebe esse benefício acende a luz verde da gratidão, que poderá se refletir em votos no futuro.
Gabriela Câmara, filha da deputada federal Antônia Lúcia, e do também deputado federal pelo Amazonas, Silas Câmara, tem luz própria. Tem se destacado na missão que o governador Gladson lhe confiou e aprendeu a se movimentar na política. A dobradinha com o sogro pode render sucesso na próxima eleição.
É compreensível o acordo do MPF com o Governo do Acre em relação ao “Ramal Barbary”. A Justiça homologou. A estrada interliga Porto Walter a Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul. Foi aberta na marra, à revelia de tudo. O MPF não tinha mais o que fazer. Foi muita omissão dos órgãos de Estado na fiscalização do que ocorria ali.
A coluna não discute se a estrada é importante ou não. Certamente, é. O problema foi como ela foi viabilizada. A partir de agora, abre-se um precedente perigoso: uma comunidade entende que é necessário construir uma determinada estrada? Faça pactos com deputados federais, gestores públicos e passe o trator. É só ir tratorando. Com o silêncio garantido, mais tarde a Justiça aceitará tudo.
O secretário de Estado de Agricultura, Luiz Tchê, anda empolgado com o Quali Café. Os especialistas que acompanham as edições do concurso asseguram que a qualidade do café acreano melhorou muito.
Tchê está tão empolgado com o processo todo que já anuncia o Quali Cacau. O processo deve acontecer em janeiro e fevereiro do ano que vem. O cacau nativo do Acre deve fazer a diferença. A conferir.
Há uma parte do empresariado do Peru que tem pressa nessa integração. Observam com algum ceticismo o projeto da ferrovia e querem intensificar as rotas que já existem, incluindo a integração de diversos modais já instalados do lado peruano.
Ontem (11), ocorreu debate acalorado entre empresários do Peru, governos e empresários para o anúncio da instalação de um Porto Seco em Puno.
Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) do Brasil mostram que, no primeiro semestre de 2024, o Norte do Brasil transportou pelos portos da região 79,5 milhões de toneladas de produtos.
Se 10% do volume dessa carga passasse pela rota acreana de integração com o Peru, seriam quase 8 milhões de toneladas de produtos que teriam, de alguma forma, passar pelo Acre. O cálculo é que fazendo a rota pelo Acre, haja redução de 14 dias, comparado à atual cena da logística saindo do país pelo Pará. Isso, sem ferrovia na cena. Só com a atual estrutura existente no Peru e no Norte do Brasil.
Moradores do bairro Eldorado, em Rio Branco, reclamam da falta de infraestrutura na região. De acordo com relatos, praticamente todas as ruas apresentam condições precárias de tráfego. Alguns moradores afirmam que a situação tem conotação política, já que a comunidade deu maioria dos votos ao ex-prefeito Marcus Alexandre nas últimas eleições.
Isso não é novo. Toda vez que há alguma negociação envolvendo o transporte coletivo em Rio Branco há também ameaça de greve. Os sindicatos assumem para si o ônus das ameaças em troca de alguma melhoria nos salários.
A Ricco Transportes já embolsou de subsídio da Prefeitura de Rio Branco, segundo o vereador Fábio Araújo (MDB), R$ 99 milhões. Vale lembrar: em abril, Bocalom pediu autorização à Câmara para contratar empréstimo de R$ 67 milhões junto à Caixa Econômica Federal para adquirir 51 novos ônibus para circulação na capital.
O valor de um ônibus elétrico nos padrões que a Prefeitura de Rio Branco pretende adquirir é de R$ 3 milhões. Os R$ 99 milhões gastos em subsídio à Ricco no último ano pagariam 33 veículos, renovando mais de 30% da frota atual da capital, que opera com 105 veículos.
O maior argumento para o aumento do subsídio da Prefeitura de Rio Branco à Ricco é a subida do valor do combustível. Quando ônibus elétricos forem implementados na frota do transporte público, haverá redução do subsídio, ou troca de argumentos?
Será que Bocalom está tentando evitar o crivo do Conselho Tarifário no subsídio da Ricco? Pouquíssimo acionado – e, como neste caso, desdenhado – o Conselho precisa ser melhor aconselhado: “abram os olhos com o Boca”.
O Acre registrou três internações por intoxicação proposital causada por terceiros nos últimos dez anos, segundo a Associação Brasileira de Medicina de Emergência. O número é o segundo menor do país, atrás apenas de Roraima, que notificou um caso no período.
O prefeito de Epitaciolândia, Sérgio Lopes, do PL, está com a sua pré-candidatura a deputado estadual na rua. O delegado que virou político estava abraçando até poste na inauguração da Variante, em Xapuri. Sonha acordado com votos em todos os municípios do Alto Acre para tentar ser deputado.
Quando assumiu a prefeitura de Epitaciolândia no seu primeiro mandato, Sérgio Lopes teve o apoio incondicional da então deputada federal Mara Rocha, agora no Novo. Ela destinou milhões para a prefeitura para ajudar o Sérgio. Portanto, não é preciso pensar muito em quem o delegado vai apoiar prioritariamente para o Senado. A questão é se o senador Marcio Bittar, que manda no seu partido, vai gostar da concorrência.