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Boa Conversa: não chamem Marcio Bittar e Velloso para tomar Tacacá na mesma cuia

Foto: Whisley Ramalho
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O programa Boa Conversa desta sexta-feira, 12, trouxe as repercussões sobre os principais acontecimentos políticos nacionais e locais. Entre os temas centrais, a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão pelo crime de golpe de Estado dominou o programa. Os comentários foram dos jornalistas Astério Moreira, Crica e do apresentador Marcos Venicios.


A decisão gerou forte repercussão na bancada federal do Acre e dividiu opiniões entre lideranças políticas. Enquanto parte dos parlamentares defende a anulação da sentença por meio de anistia, setores da oposição celebram o resultado como uma vitória da democracia.


“Eu não comemoro a desgraça de ninguém. Foi um fato jurídico, desfavorável, que levou à condenação de Bolsonaro. Você colhe o que você planta. Foi um julgamento jurídico, o voto de absolvição do Fux quebra o discurso da ditadura da toga, o voto dele e dos outros foram democráticos. Ele pegou 27 anos, eu acho que a carreira foi como cometa. O fato de ontem consolida a democracia, falou a defesa, a acusação. O Fux condenou o Mauro Cid e não condenou o Bolsonaro, condenou o delator, mas não o delatado. O Bolsonaro conseguiu transformar o país num país do ódio. Se o Bolsonaro tivesse aceitado a derrota ao Lula, ele seria um candidato fortíssimo e nem estaria condenado”, afirmou Crica.

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“O Bolsonaro perdeu pra ele mesmo, ele ficou provocando isso. Eu acho que a democracia está se consolidando com essa decisão, é uma virada de página, está consolidando o processo democrático. Eu acredito que os militares não vão tentar mais nada [a tomar o poder]. Vejo como o embrião de tudo isso foi com o Aécio Neves que não aceitou a derrota em 2014”, afirmou Astério Moreira.


A posição da maioria da bancada federal em relação à anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro foi discutida pelos comentaristas. “Essa discussão sobre anistia é que nem a discussão do sexo dos anjos, o Dino durante o julgamento, ele fez intervenções para dizer que a anistia é inconstitucional, se a anistia for aprovado e se alguém provocar o STF, o Supremo vai dizer que é inconstitucional”, afirmou Crica.


Foto: Whisley Ramalho

Os jornalistas abordaram as falas do senador Márcio Bittar que classificou o julgamento como uma “farsa”, defendendo a anistia para Bolsonaro. Já o senador Alan Rick afirmou: “A direita não será silenciada”.


“A posição dos senadores e dos deputados do Acre é porque o Estado é conservador, 30% gostam do Lula, 70% não quer. Um parlamentar mesmo no particular dizendo que não quer polarização, ele não se posiciona, ele pode perder até o voto, mas faz parte da democracia”, afirmou Astério Moreira.


“Essa discussão sobre anistia é que nem a discussão do sexo dos anjos, o Dino durante o julgamento, ele fez intervenções para dizer que a anistia é inconstitucional, se a anistia for aprovado e se alguém provocar o STF, o Supremo vai dizer que é inconstitucional”, afirmou Crica.


Ainda no campo político, Crica levantou a possibilidade do ex-prefeito Raimundo Angelim disputar o governo do Acre em 2026 pelo PSB, o que abriria um novo cenário de composição eleitoral.“Conversei com o secretário-geral do PSB, o Barão, o Evandro Rosas e eu liguei para ele e ele disse que vão iniciar a interlocução pra tentar convencer o Angelim para ser candidato pelo PSB”, afirmou Crica.


“Eu não vejo outra alternativa para a centro-esquerda que não seja o Thor que, inclusive, já trocou figurinhas com o Jorge Viana”, afirmou Astério Moreira.


Foto: Whisley Ramalho

Outro ponto enfatizado foi a disputa velada entre Alan Rick e o governador Gladson Cameli pelo comando político do estado. “Essa guerra entre eles está clara, quando o Alan disse que o Gladson usa jatinho pra passeios tá na guerra. Veio o Calixto, que é da Segov, que disse que quem quiser fazer contra a Mailza deixe o governo, ou seja, o jogo tá fechado. Não vai acontecer que nem na disputa do Senado, que tinha gente do governo apoiando o Alan tendo o Ney como o candidato do Governo”, afirmou Crica.


Astério Moreira trouxe informações sobre os bastidores partidários e o redesenho das alianças para as eleições de 2026. Ele destacou que a federação entre PP e União Brasil deve eleger uma bancada de peso no Acre. “É a proposta da articulação do governo de colocar 16 deputados numa chapa para eleger 12. Não tem partido que queira deputado na chapa, se ele tá montado no gabinete com cargos no governo. Tem um monte de ex-prefeito que quer ser candidato por outros partidos”, afirmou Astério Moreira.


Além disso, revelou que o Podemos deve apostar em chapa própria, conforme garantiu o ex-deputado Ney Amorim.”Eu não sei onde o Ney vai conseguir 50 mil votos para elegê-lo, não sei se ele vai conseguir formar essa chapa, formar nove nomes competitivos é muito difícil. O MDB tá com dificuldade, a Jéssica tá querendo senado ou vice, porque não tem chapa para federal”, afirmou Crica.


Outro tema que chamou atenção no programa foi a greve do transporte coletivo em Rio Branco. O subsídio de R$ 13 milhões concedido à empresa Ricco reacendeu o debate sobre a qualidade do serviço prestado à população e a necessidade de maior fiscalização do uso dos recursos públicos. “O grande calcanhar de aquiles da gestão do Bocalom é a questão do transporte coletivo. A Ricco presta um péssimo serviço, a população passa horas esperando. O grande negócio hoje é ser dono de empresas do transporte coletivo é subsídio pra cá, pra lá. Esse subsídio que Bocalom dar não é dinheiro dele, é dinheiro da Prefeitura”, afirmou Crica.


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