Continuando a conversa sobre quanto vale uma campanha?, é bom lembrar que quem quiser disputar o governo para ganhar pode arrumar uns R$ 50 milhões. Daí você pergunta: como se gasta tanto dinheiro?. Os coordenadores de campanha justificam que tudo que é de campanha é urgente e pelo descrédito da classe política tudo é 20% mais caro e o pagamento à vista. Uma candidatura ao governo começa ajudando o candidato a deputado estadual [em média R$ 50 mil]; tem que fazer presença numa boa campanha de um federal [que em média pede R$ 200 a R$ 300 mil do candidato] e querer a lealdade de um candidato ao senado por um precinho camarada vale uns R$ 500 mil. Bota tudo isso na ponta do lápis e soma!
No final a conta fecha
O interessante é que a Lei Eleitoral limita os gastos de uma campanha. Na fiscalização de abuso do poder econômico a justiça tem feito algumas apreensões no período eleitoral. Coisas que não elegem nem um vereador. O certo é que no final da campanha as contas fecham. Os candidatos juram que gastaram somente as verbas oficiais dadas pelos partidos e o Tribunal Regional Eleitoral garante o passaporte para mais político se dar bem na vida.
Superfaturado
Piadinha na rodinha política: “Se o Lula inflacionou o voto, oficializando a compra pelo valor de uma botija de gás, os prefeitos do interior agora vão dobrar a aposta na ajuda da gasolina aos ribeiros, passando de R$ 70,00 para R$ 110,00. É justo!
Oposição dividida
No Acre, enquanto partidos de oposição tentam articular uma frente única para 2026, as conversas nos bastidores parecem mais um mosaico de egos do que um projeto político. A dúvida é: quem vai topar ser coadjuvante?
Abraço de unção
Durante a inauguração da Variante de Xapuri, o governador Gladson Cameli chamou no palco a ex-prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem. Rasgou elogios à gestora deixando claro quem será a sua candidata a deputada federal, em 2026, no Alto Acre.
Prego batido…
No discurso do governador Gladson Cameli em Xapuri, ficou mais uma vez evidenciado que a sua candidata ao governo é a Mailza Assis. Não existem nem planos B e nem C nessa questão. A vice-governadora Mailza Assis foi ovacionada pelos presentes durante o evento. Além da perspectiva de poder, os méritos são dela que, apesar das articulações de bastidores pra uma “puxada de tapete”, se mantém firme como pré-candidata, sem recuar e nem temer.
Recado claro
Gladson Cameli declarou na solenidade da Variante que, se tivesse mais quatro anos de mandato, manteria Sula Ximenes como presidente do Deracre. Parece ter sido uma sugestão para a sua candidata Mailza Assis, caso ela consiga se tornar governadora do Acre.
Observar
Agora, cabe aos produtores da Estrada da Borracha cobrar para que o Governo do Acre não esqueça da manutenção. Não é porque a Variante está pavimentada que o outro acesso a Xapuri tem que ser esquecido.
Escolha de sobrevivência
Se o senador Marcio Bittar quiser ser realmente o segundo nome na chapa de senador do Gladson, terá que apoiar a candidatura de Mailza Assis para o governo. Traduzindo pra o “politiquês”, terá que abandonar a aventura das pretensões de Bocalom ao governo.
Questão de foco
Na opinião deste escriba, os pretendentes ao Senado Marcio Bittar e Jorge Viana cometem erros cruciais nos seus discursos de momento. Bittar valoriza mais a sua lealdade à família Bolsonaro do que os milhões de recursos que conseguiu para o estado. E o JV tem uma fixação em falar no que fez no passado como governador do Acre.
O tempo passa…
A verdade é que ninguém vive de ideologia e nem de passado. O que a população do Acre quer saber é dos projetos de seus representantes para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Pontes
A entrega de mais de 25 pontes na capital e no interior virou discurso de superação do governo. O detalhe é que parte das comunidades segue isolada na época da cheia. Ou seja: ponte tem, mas não chega em todo lugar.
Reeleição
Na Assembleia Legislativa, já tem deputado falando em “reeleição garantida” em 2026. A ironia? As pesquisas mal começaram, e a rua costuma ser menos generosa que o cafezinho do gabinete.
Velha tática
O governo anuncia mais promoções na Segurança Pública, repetindo a fórmula que há tempos garante manchetes positivas.
Mudança climática
O levantamento socioambiental do Sistema Nacional de Informações Florestais perguntou aos acreanos se as mudanças climáticas afetam a vida deles e 48,99% disseram que sim. Perguntou também “o que faz para se adaptar” e 18,69% responderam que tentam se acostumar. O SNIF perguntou ainda o que faria para evitar e 44,28% nada responderam… Quá-quá-quá-quá!
Tarifaço e silêncio
Um mês após o aumento generalizado dos preços provocado pelo tarifaço de Donald Trump, quase nenhuma autoridade acreana se arriscou a falar no tema. A estratégia é clara: melhor deixar o povo reclamar sozinho do que assumir desgaste.
Convite
A coluna aproveita o espaço para convidar o leitor que ainda não teve oportunidade que assista à entrevista do professor Judson Valentim, pesquisador da Embrapa, no site ac24agro.com. Uma aula sobre agropecuária comprometida com os problemas reais do produtor, sem paixões ideológicas.
Informação
Um dos destaques adiantado ao internauta guarda relação com o trabalho que será disponibilizado “em breve” pelo Idaf de informações sobre abates e saídas de bovinos do Acre. O produtor, pesquisadores, estudantes vão poder acompanhar o cenário de forma online.
Confinamento
O Acre começa a intensificar a produção bovina. Isso é observado entre pesquisadores como um avanço. O confinamento é a pecuária em um passo à frente. Em 2025, a capacidade estática deve alcançar 10 mil cabeças. Isso é bom para a indústria e bom para o produtor. Por quê? Porque o confinamento proporciona um abate mais precoce.
Adeus, Paris!
O ex-deputado federal e ex-prefeito de Cruzeiro do Sul Ilderlei Cordeiro, depois de uma temporada comendo caviar em Paris, está de volta às terras acreanas. E mais: retomando contatos políticos com vistas às eleições de 2026. Ninguém consegue ficar longe do Acre quando se bebe das águas dos rios e come da nossa farinha.
Visão de futuro
Ilderlei tem um dos primeiros projetos de créditos de carbono no Acre, numa área do Rio Valparaíso. Isso garante a ele uma renda anual que lhe permite viver em qualquer lugar do planeta sem depender de dinheiro público. Como empresário, sempre teve uma visão futurista pra negócios sustentáveis.