O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou, nesta segunda-feira (8/9), autorização ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para ir ao hospital no próximo domingo (14/9). De acordo com ofício enviado pela defesa do ex-mandatário, ele deve passar por um procedimento para remover lesões da pele.
A operação será realizada no Hospital DF Star, em regime ambulatorial e com previsão de alta no mesmo dia.
Segundo documento assinado por Claudio Birolini, médico-chefe da equipe cirúrgica de Bolsonaro, o procedimento será realizado em função de um nevo melanocítico de tronco. Embora seja uma pinta ou mancha comum e benigna na pele, a recomendação é que seja monitorada se houver alterações no tamanho, no formato ou na cor.
Se a saída for autorizada, o procedimento ocorrerá, provavelmente, dois dias após o fim do julgamento do ex-presidente na Primeira Turma do STF, previsto para ser encerrado na próxima sexta-feira (12/9).
Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar há mais de um mês, por determinação de Moraes.
Prisão domiciliar
A determinação da ordem de prisão domiciliar de Bolsonaro, em 4 de agosto, foi precedida pela obrigatoriedade de uso de tornozeleira e restrição dos horários para sair de casa, desde 18 de julho.
Um dia antes da detenção, Bolsonaro participou, por meio de uma chamada de vídeo, com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), de um ato bolsonarista.
A participação de Bolsonaro na manifestação acabou divulgada nas redes sociais por seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que posteriormente apagaram a publicação.
Segundo Moraes, Bolsonaro desrespeitou deliberadamente medidas cautelares impostas anteriormente, como a proibição do uso de redes sociais, mesmo por terceiros.
Julgamento no STF
Nesta terça-feira (9/9), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomará o julgamento que analisa a denúncia que atrela uma suposta trama golpista a Bolsonaro e outros sete réus. Confira o que rolou até agora no rito:
O julgamento começou com o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin abrindo a sessão.
Depois, o ministro relator, Alexandre de Moraes, leu o relatório do caso, uma espécie de “resumão” da Ação Penal nº 2.668.
Na sequência, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, sustentou a acusação da Procuradoria-Geral da República. A PGR pediu a condenação de Bolsonaro e aliados.
Ainda no primeira dia de sessão, houve parte das sustentações orais dos advogados de defesa. Essa etapa foi encerrada no dia seguinte.
Agora, na terça (9/9), o julgamento retorna com os votos dos ministros. O primeiro a votar será Alexandre de Moraes.