Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, em manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, no 7 de Setembro de 2024 • Reprodução/YouTube (Silas Malafaia Oficial)
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) discursou presencialmente na manifestação pró-anistia em São Paulo, neste 7 de Setembro, onde chorou ao falar sobre o marido e criticou o que chamou de “ditadura” do Poder Judiciário.
Michelle foi a última a discursar no ato na Avenida Paulista, coordenado pelo pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Durante cerca de 15 minutos, a ex-primeira-dama chorou ao falar sobre a situação do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar, em Brasília.
“Estou tendo que me desdobrar como mãe, como esposa, como presidente do PL [Mulher], mas, acima de tudo, como amiga, para poder cuidar dele”, disse Michelle.
A assessoria da ex-primeira-dama havia dito que Michelle só viria ao ato em São Paulo caso Jair “estivesse bem” em suas “condições de saúde”.
Para manifestações em outras cidades neste domingo, Michelle enviou um áudio dizendo que o marido é “humilhado” porque “enfrentou o sistema por amor ao povo”.
Na Avenida Paulista, Michelle destacou seu papel como esposa e fez referências religiosas – “Deus vai mostrar quem são os inimigos da nação” -, mas também mirou contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu sei que nossa nação vai ser livre dessa ditadura judicial”, declarou.
“Quem era para estar aqui era meu marido, que hoje está amordaçado dentro de casa. Com uma tornozeleira, não foi julgado e está preso. Com policiais olhando os muros dos vizinhos para saber se ele pode pular”, acrescentou.
Enquanto se encaminhava para o fim de seu discurso, Michelle reproduziu um áudio com a voz de Jair Bolsonaro.
“Deixar bem claro que peguei (o áudio) na internet, até para não ter problema para o meu marido. Peguei na internet”, destacou.
A gravação mostra o que seria a voz CNNde Bolsonaro dizendo “Deus, pátria, família e liberdade”, um lema utilizado pelo ex-presidente e que foi popularizado em sua campanha presidencial vitoriosa, em 2018.