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Jorge Viana defende união do PT no Acre e reforça candidatura ao Senado

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O ex-governador, senador e atual presidente da Ápex/Brasil, Jorge Viana (PT), fez duras críticas ao governador Gladson Cameli (PP) e ao prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), durante o encontro do PT neste sábado (6).


“Ele [Gladson] está concluindo o mandato sem construir uma escola, uma casa, nada no Acre inteiro até agora. Temos um prefeito da capital que é intolerante, extremista, e que se beneficiou desse ambiente de conflito. Vimos um extremismo unilateral, porque os democratas não são extremistas. A intolerância conseguiu até eleger um prefeito em Rio Branco”, afirmou.


Segundo Viana, o atual cenário é difícil, mas precisa ser enfrentado como um desafio. Ele relembrou as conquistas eleitorais do PT no estado: “Saímos de um período de muita dificuldade. Depois de eu ter sido eleito prefeito, fui eleito governador. Depois elegemos quatro vezes seguidas o governo do Acre, vencemos cinco eleições para governador. Só na reeleição do Tião Viana fomos ao segundo turno. Elegemos seis senadores nesse período. Tivemos a companheira Lúcia assumindo a vaga do Tião e o companheiro Sibá na vaga da Marina. Elegemos dezenas de deputados estaduais e federais. Tudo isso foi fruto de um trabalho de união.”

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Viana lamentou que diferenças internas tenham voltado a ser colocadas em primeiro plano e fez um apelo para que o partido e seus aliados priorizem a união e o fortalecimento das chapas proporcionais em 2026: “Não podemos nos conformar em ter governado o Acre por cinco mandatos e, agora, achar que não conseguimos montar uma chapa competitiva para deputado estadual e federal. Se não fizermos isso, estaremos colaborando com o fascismo que tomou conta do Brasil e do Acre.”


O ex-governador também abordou sua pré-candidatura ao Senado Federal, reforçando que sua motivação não é vaidade, mas a necessidade de enfrentar os desafios atuais:


“Não sou candidato por querer ocupar o Senado da República. Estou realizado no trabalho que faço hoje, representando o Brasil em encontros internacionais com o presidente Lula. Mas não posso ficar de braços cruzados. A indiferença é a soma de vários pecados. Não podemos ser indiferentes nesta hora. Essa pode ser a última eleição do presidente Lula, e nós dependemos dele para que o fascismo não avance.”


Jorge Viana destacou ainda a importância histórica do PT no Acre e a necessidade de inspirar a nova geração na luta democrática das gerações anteriores: “Estamos vivendo um momento delicado, que tem conexão com o passado. O que unificou nossa geração foi a luta pelo direito de votar e pelo fim da ditadura. É nessa mesma linha que precisamos seguir, com coragem e união.”


Ele acrescentou:“Estou mais experiente, controlando melhor as falhas, decidido a dar minha contribuição para o Estado: não ficar indiferente, não cruzar os braços, não me conformar em ver tudo que construímos sendo destruído. O Acre está em último lugar em educação no Brasil. Quando assumimos, estávamos entre os três primeiros.”


O ex-governador ainda destacou a importância da mobilização coletiva: “Receber, em pleno domingo, um telefonema de [Binho] dizendo: ‘Jorge, vamos fazer uma reunião amanhã, virtual, com todas as pessoas que foram secretárias na minha época’ é exemplo de mobilização. Podemos repetir isso com quem já foi prefeito, vereador, deputado. Quero fazer isso pedindo, não mandando. Quantas pessoas já ajudamos, quantas vidas mudamos. Se um pequeno grupo sair de casa para isso, podemos nos tornar um grupo muito maior e vitorioso.”


Viana reforçou a necessidade de alianças políticas: “Não podemos temer montar uma boa chapa para deputado federal. Mas não podemos pensar apenas em eleger uma pessoa. Se nos resumirmos a pequenos grupos com interesses individuais, só restará lamentar as consequências e colher derrotas. Precisamos de alianças, não tenho medo disso. Governamos com mais de 14 ou 15 partidos aliados. Talvez hoje alguns não queiram estar conosco, mas em tempos de crise precisamos tentar fazer as pazes novamente. Esse é o propósito que me move.”


Por fim, ele enfatizou o exemplo do presidente Lula como inspiração: “Acredito que conseguiremos mudar nosso ânimo, voltar ao cenário político e fazer do Acre uma referência. Estou empenhado nesta eleição não para marcar posição, mas para ajudar a resolver nossa situação e entregar resultados. Lula sofreu mais do que nós: enfrentou impeachment, prisão e ainda assim saiu fortalecido e nos recolocou na presidência. Precisamos cada um de nós virar um Lula.”


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