O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta sexta-feira (5) que a “extrema direita” brasileira não voltará a governar o país. O chefe do Executivo mencionava a possibilidade de concorrer ou não à reeleição em 2026.
“Só tem uma hipótese de eu não ser candidato, se tiver algum problema de saúde ou se aparecer algum candidato melhor do que eu. Agora uma coisa tenho a dizer: a extrema-direita não voltará a governar esse país”, disse o presidente em entrevista ao “SBT Brasil”.
Lula acrescentou que ainda não decidiu se irá participar do pleito eleitoral do próximo ano, e citou a idade como um possível empecilho. A fala já havia sido feita pelo presidente em outras ocasiões. Ele fará 80 anos no próximo mês.
O petista também declarou não escolher um “melhor candidato”.
“Tenho uma trajetória política que quem deve estar preocupado são meus possíveis adversários”, acrescenta. “Se eu tomar decisão de ser candidato, serei candidato para ganhar as eleições.”
Lula acrescentou que sua disputa à reeleição também depende da sua saúde e da disposição que tiver no próximo ano.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), adversário de Lula nas últimas eleições, está inelegível até 2030 por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), apesar de não ter abdicado publicamente da disputa.
Nomes da direita como os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e Ronaldo Caiado (União), já lançaram suas pré-candidaturas ao Planalto.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem se mostrado competitivo contra o petista nas pesquisas, mas não se manifestou abertamente sobre o tema. Segundo ele e relatos de ministros próximos, a ideia oficial até o momento é disputar a reeleição para o governo paulista.
Apesar da condição de inelegibilidade de Bolsonaro, levantamentos têm testado ambos os nomes para o Executivo. Em alguns cenários, Bolsonaro aparece com 48,3% das intenções de voto, assim como Lula.
Em outros, Tarcísio, por exemplo, contaria com 31,8% contra 44,1% de Lula.