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Atriz de A Caverna Encantada defende que novela do SBT foi um sucesso ‘pulverizado’

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A Caverna Encantada exibiu seu último capítulo nesta sexta-feira (5) e, por causa da audiência abaixo do esperado, ajudou a encerrar (ao menos provisoriamente) o núcleo de dramaturgia do SBT. Mas, para a atriz Magali Biff, que viveu a divertida detetive Wanda, a novelinha foi um sucesso –apenas “pulverizado” por causa das novas maneiras com que o público infantil consome conteúdo atualmente.


“É diferente, porque a gente está vivendo um novo momento, né? Eu acho que a Caverna é um grande sucesso, mas em várias plataformas diferentes. Ela é um sucesso no SBT, na exibição normal, ela também é um sucesso no +SBT, no Disney+, no próprio YouTube…”, lista a veterana em conversa exclusiva com o Notícias da TV.


“Então, ela tem várias frentes diferentes para acontecer. De certa maneira, esse sucesso se pulveriza, e aí você não sente com a mesma carga que tinha no passado. Mas tem!”, ressalta Magali.


Ela conta que sente a repercussão positiva na própria rotina. “Eu recebo mensagens, as pessoas na rua me abordam. E, como não é uma vilã, é uma personagem toda atrapalhada, divertida, tem uma abordagem muito gostosa. [Falam:] ‘Eu dou muita risada com você’, ‘Eu acho as detetives engraçadas, me divirto com você'”, aponta a atriz.


Magali tem moral de sobra para avaliar o que é sucesso e o que não é com o público infantil. Afinal, ela interpretou Ernestina (e também sua gêmea má, Matilde) na primeira versão de Chiquititas (1997). “Aquilo foi um fenômeno. E um fenômeno que pegou todo mundo de surpresa”, lembra.


“É curioso, porque a gente não tinha internet naquela época, então o elenco recebia muitas cartas, imagina! Hoje em dia, ninguém escreve mais cartas… Ninguém manda carta, ai que dó, mandem cartas pra gente, por favor”, brinca. “Mas era diferente, era outro momento, você só podia ver a novela na TV, naquela hora. Hoje, tem tantas opções que o público pulveriza.”


Os quase 30 anos que separam as duas novelas também fizeram com que Magali encarasse a experiência em A Caverna Encantada com um novo olhar, aproveitando cada momento com os pequenos. “Eu era muito mais nova [em Chiquititas], então não tinha [essa consciência maternal]. Na Caverna, eu ficava olhando as crianças na gravação e pensando: ‘Daqui a dez anos, vou encontrar com eles adultinhos’. Dá uma emoção no coração, sabe?”, entrega.


“É tão interessante. Porque, na época de Chiquititas, eu não tinha essa dimensão de saber que aqueles piquititicos iam crescer. Agora eu tenho. Eu fui mais mãezona agora, em A Caverna Encantada do que em Chiquititas, porque eu não tinha a dimensão de que aquilo era efêmero”, sentencia.


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