O senador Alan Rick (União Brasil) afirmou, nesta quinta-feira (4), em entrevista ao programa Bar do Vaz, que o projeto de saneamento público do Acre, iniciado em 2021, ainda enfrenta resistência de algumas autoridades, entre elas o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom.
Segundo o parlamentar, houve recusa em assinar um contrato considerado fundamental para o avanço da iniciativa. “Em novembro do ano passado, nós nos reunimos com o prefeito de Rio Branco e demais prefeitos do estado para avançar na modelagem do saneamento. O prefeito Bocalom, talvez, tenha um temor em relação à palavra PPP ou concessão. Eu até entendo, mas é importante destacar que se trata de uma concessão, sim, mas, acima de tudo, é uma oportunidade de tirar o Acre da situação dramática em que se encontra. Já está demonstrado que nem o estado nem os municípios têm recursos suficientes para realizar essas obras”, afirmou.
Rick disse acreditar que ainda é possível sensibilizar o prefeito para garantir a execução do projeto. “Acredito que, colocando a mão na consciência e avaliando que o futuro do Acre passa pelo saneamento, ele vai iniciar. Esse contrato é o pontapé inicial para a modelagem dos aterros sanitários e do gerenciamento de resíduos sólidos em todo o estado. É um investimento total de R$ 6,8 bilhões.”
O senador também lembrou que o novo marco legal do saneamento, aprovado no Congresso, mudou a forma de gestão no país. “Antes, cabia apenas a estados e municípios, e isso se demonstrou uma tragédia, um caos, porque não há dinheiro suficiente. É muito caro fazer saneamento”, destacou.
Alan Rick defendeu o uso de parcerias público-privadas (PPPs) como solução viável para o Acre. “Não precisamos privatizar totalmente como em São Paulo. A infraestrutura continua do Estado e dos municípios, e a empresa parceira vai construir e operar pelo período da concessão”, explicou.