Está bem encaminhada a confirmação da candidatura do médico Thor Dantas (foto) para o governo, na eleição do próximo ano. “Estão acontecendo conversas com todos os campos ideológicos, sinto a necessidade da população por uma candidatura que não esteja ligada ao debate de extrema-esquerda contra extrema-direita, e que venha representar o equilíbrio e não o extremismo político”, falou Thor hoje (2) ao BLOG.
Destacou ainda que as conversas sobre a hipótese de dar o sim avançaram muito e estão perto de acontecer, faltando saber por qual partido disputará, se decidir aceitar os convites para que lance o seu nome para governador.
Thor é um médico infectologista altamente respeitado, na pandemia foi uma das vozes mais ativas contra os negacionistas da vacina, e trará o novo para o campo do debate que acontecerá na eleição do próximo ano. Não tem a cara e o vício dos velhos políticos. O certo é que os partidos do campo progressistas veem o seu nome com simpatia e não haveria rejeição neste grupo à sua candidatura.
NÃO BRIGO COM PESQUISA
Aprendi com o saudoso Flaviano Melo que não se briga com pesquisa. Mas, também, que seus resultados devem ser olhados com lupa. Muitas vezes não representam a realidade eleitoral. Se bem bem feita, bem intencionada, ainda assim a pesquisa não passa do registro de um momento. Não deve ser vista como algo imutável.
EXEMPLOS RECENTES
Para citar exemplos recentes: Chicão (MDB) em Mâncio Lima; Jéssica Sales (MDB) em Cruzeiro do Sul; Marcus Alexandre (MDB) em Rio Branco; Leila Galvão (MDB) em Brasiléia, apareceram disparados nas pesquisas para prefeito e todos foram derrotados quando as urnas abriram. Cautela, pois, com pesquisas.
TRÊS COELHOS
O presidente do Republicanos, deputado Roberto Duarte, quer tirar da cartola três coelhos na próxima eleição: Além da eleição do Alan Rick (UB) para governador, Duarte vai colocar toda máquina partidária para eleger seu parceiro e vereador Zé Lopes (Republicanos) a deputado estadual, e com isso favorecer a ex-mulher Márcia Barbosa, que assumiria uma cadeira na Câmara Municipal de Rio Branco, por ser a primeira suplente do partido. Ou seja, fica tudo em casa. Naquela do meu pirão por primeiro.
CARTADA FINAL
O governador Gladson Cameli vai dar a cartada final para tentar brecar o seu julgamento pelo STJ. A corte vai julgar hoje (3) recurso de seus advogados para em forma de Agravo Regimental, tentar retardar a marcação da data de seu julgamento. O sessão do STJ está marcada para às 12 horas, horário de Brasília.
FORA DO REPUBLICANOS
O deputado Clodoaldo Rodrigues garantiu ontem ao BLOG que não permanecerá no Republicanos. O motivo é que a sigla apoiará a candidatura ao governo do senador Alan Rick (UB) e ele apoiará Mailza Assis (PP) para governadora.
VAI PERDER TEMPO
O empresário Marcelo Moura estaria atuando para tentar reaproximar o senador Alan Rick (UB) do governador Gladson Cameli. Anda procurando políticos para intermediar uma aproximação. Vai perder tempo, é muito improvável que o Gladson vá trair a sua vice Mailza Assis (PP).
FICOU COMPROVADO
No primeiro dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, seus generais e outros aliados, ficou comprovada a tentativa clara de golpe e que só não aconteceu porque as Forças Armadas – Exército e Aeronáutica – optaram pela legalidade.
CONDENAÇÃO CERTA
Pelo volume grande de provas a condenação a uma pena longa do grupo é quase certa, a única dúvida é onde cumprirão as suas penas.
ATAQUES ANTIGOS
Há muito tempo o ex-presidente Bolsonaro e filhos vêm afrontando a democracia com ataques ao STF, com termos como “canalhas”. Quem não se lembra da frase do hoje foragido, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), de que para fechar o STF bastaria um Cabo e dois soldados? Na vida, quem planta vento colhe tempestade. É o que está ocorrendo.
JOGO DE CENA
O presidente do MDB, Vagner Sales, faz jogo de cena com a hipótese da candidatura da filha Jéssica Sales (MDB) ao Senado. Não é para ninguém admirar se a Jéssica aparecer como vice na chapa do senador Alan Rick (UB) ou da Mailza Assis (PP) ao governo. Sabe que a briga para as duas vagas de senador será acirrada, pela presença de candidatos fortes. E a Jéssica vem de duas derrotas, para deputada federal e prefeita de Cruzeiro do Sul.
TIRO NO PÉ
O grupo bolsonarista vai dar um tiro no pé se ao pensar que aprovar a anistia livrará o Bolsonaro. Ministros do STF já adiantaram que se a matéria for aprovada, será derrubada na corte por ser inconstitucional, sob o prisma que houve o cometimento de crimes contra a democracia. O Bolsonaro está fora do jogo político.
CONSEGUIU A UNIDADE
Conversando com um dos articuladores políticos do governo, escutei que a chance da Mailza desistir de disputar o governo é zero. E deu o motivo: “Ela conseguiu a unidade do governo em torno do seu nome e estamos longe da eleição.”
ADIÓS MDB
Quem deixou o MDB foi o empresário Neném Junqueira, descontente com o que chamou de “panelinha” na composição do diretório do partido. Deve ir para o Republicanos se somar à candidatura do Alan Rick (UB) ao governo.
TRANQUILO E CALMO
“Nunca disputei uma eleição com toda estrutura com a qual vou disputar a reeleição, tenho comigo a maioria dos prefeitos, sei o que estou fazendo, não ligo para pesquisa”. O comentário é do senador Sérgio Petecão (PSD).
MENOSO PT
O MDB já tomou uma decisão: não voltará a se aliar ao PT, naquela de gato escaldado tem medo de água fria. Acham que o desgaste do PT colou no MDB durante a campanha, sendo um forte componente para a derrota do Marcus Alexandre (MDB) para a prefeitura da capital.
MAIS PREPONDERANTE
Tenho outra visão: o que derrotou o MDB foi a campanha milionária do Bocalom, com a máquina municipal e a máquina do governo em peso na sua campanha. E o PT não conseguiu brecar os 140 milhões de reais de empréstimo para o Boca asfaltar os bairros, na reta final da eleição. O maior inimigo do Marcus Alexandre foi tocar uma campanha na pindaíba de recursos. Não se ganha uma campanha majoritária estando liso e tomando cafezinho. O resto é firula.
VAI SER TRUCIDADO
Candidato ao Senado que entrar na parada com menos de 20 milhões para a campanha, é sério candidato a embarcar para Manacapuru. Ideologia, projetos, discursos, isso não vale nada, o que vai valer é quanto de bambu o candidato vai ter para disparar flechas. Candidato sem recurso é trucidado ao longo da campanha.
CONSELHO DO BITTAR
Para o senador Márcio Bittar (UB) o senador Alan Rick (UB) já deveria ter procurado o prefeito Tião Bocalom e o governador Gladson para buscar uma aliança. Para Bittar, na política se conversa até com quem não se gosta.
MALDIÇÃO DO ABANDONO
O prefeito Tião Bocalom deve ter recuado na disposição de disputar o governo, por sentir que o governador Gladson não entrou no seu barco. Já governa metade do Acre. E tem a maldição do abandono: os prefeitos que deixaram o cargo pela metade para disputar o governo perderam.
VOTO LAMENTÁVEL
A base do prefeito Tião Bocalom aprovou o pedido que pede o afastamento de Clendes Vilasboas do RBtrans, por suposto assédio moral a funcionárias. A decisão não tem força para decretar o afastamento, depende do prefeito, mas foi marcada uma posição política da maioria dos vereadores. O lamentável foi ver uma mulher, a vereadora Lucilene Vale (PP), ter votado contra, já que o fato envolve mulheres. O Velho Boca só afasta o Clendes se quiser.
NÃO FICA FORA
Nunca me disse nada. Mas é muito provável que o secretário de Educação, Aberson Carvalho, tenha em 2026, um candidato a deputado estadual do seu grupo político. Para a Câmara Federal apoiará a reeleição da Socorro Neri.
PRECISA MASSIFICAR
A vice-governadora Mailza Assis precisa massificar seu nome em todo estado, com presença mais constante em atos populares nos municípios. O seu principal adversário, senador Alan Rick (UB) está com sua candidatura sedimentada, num trabalho de divulgação que vem de longe.
CHEFE DA TORCIDA
O secretário municipal de Educação, Alysson Bestene, é o chefe da torcida organizada para que o prefeito Tião Bocalom dispute o governo, porque neste caso ganharia dois anos de mandato caídos no colo. E poderia disputar a reeleição. Seria a sua Mega-Sena política.
NÃO MENOSPREZEM
Não menosprezem a candidatura de Mailza Assis (PP) ao governo, que de 3% pulou para 14% nas pesquisas estaduais. Ela disputará a eleição no comando da poderosa máquina estatal. Até 30 dias antes da eleição o Marcus Alexandre (MDB) liderava as pesquisas para a PMRB, a máquina do governo entrou em campo, desmontou seu favoritismo e o Boca ganhou.
FRASE MARCANTE
“Não é batendo com uma esponja que conseguimos pregar um prego na parede”. Ditado uruguaio.