Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) • Carolina Antunes/PR
Após reunião de líderes, a oposição viu crescer a possibilidade de aprovar anistia a Jair Bolsonaro (PL) ao término do julgamento do ex-presidente no STF (Supremo Tribunal Federal).
Lideranças partidárias de oposição querem aproveitar a “janela de oportunidade” aberta por uma eventual condenação e garantir que a matéria seja aprovada tão logo for possível.
Em reunião nesta terça-feira (2), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou aos líderes haver maioria para pautar a anistia. A sinalização representa uma mudança de perspectiva para a oposição, que pressiona há semanas para que o projeto seja pautado.
O líder do PL (Partido Liberal) na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), destacou que não há texto fechado, mas as linhas gerais que têm sido articuladas pela oposição apontam para uma anistia que se engloba desde os alvos do inquérito das Fake News, aberto em 2019.
Apesar da resistência dos governistas, líderes do PL, PP, União Brasil e Republicanos apoiaram o avanço da anistia. Sóstenes destacou que o desembarque do PP e União Brasil do governo e a atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), abriu caminho para o assunto crescer.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que há uma crescente movimentação na Casa para a votação de uma anistia.
“A gente acha um grave erro qualquer discussão para pautar a anistia. Existe essa discussão, cresceu esse movimento com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas [em Brasília], de colocar em discussão a anistia para depois do julgamento [no STF]. Isso é um equívoco completo”, declarou.