Morreu nesta terça-feira (2) em São Paulo (SP) o jornalista Mino Carta, fundador da revista CartaCapital e outros veículos jornalísticos, aos 91 anos. O velório deve começar às 12h desta terça no Cemitério São Paulo, em Pinheiros, Zona Oeste da capital.
Mino ficou internado por duas semanas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. Segundo nota publicada pela revista, ele enfrentava problemas de saúde há um ano, alternando períodos de internação e recuperação.
O jornalista também foi responsável pela criação das revistas Quatro Rodas (1960), Veja (1968) e IstoÉ (1976) e dos impressos Jornal da Tarde (1966) e Jornal da República (1979).
Nascido em Gênova, na Itália, Mino Carta fez parte da terceira geração de jornalistas de sua família. Seu avô materno, Luigi Becherucci, perdeu o cargo de diretor do jornal Caffaro devido à perseguição fascista de Benito Mussolini.
Da mesma maneira, seu pai, Giannino, chegou a ser preso em abril de 1944 por fazer oposição ao regime. Ao fim da guerra, Giannino se mudou para o Brasil com a família. Em 1951, Mino Carta entrou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), mas não concluiu o curso.
Nas redes sociais, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) lamentou o falecimento do jornalista. “O Brasil perdeu hoje um de seus maiores jornalistas. Mino Carta dedicou toda sua vida à criação e ao desenvolvimento de publicações que fizeram história na imprensa brasileira, dando voz à defesa dos valores democráticos. Que seu exemplo siga inspirando as novas gerações de jornalistas”, disse Alckmin na rede social X.
O ministro da Educação, Camilo Santana, também publicou sobre o assunto. “Obrigado por tanto, Mino Carta! Que seu legado imenso no jornalismo brasileiro e o amor no exercício da profissão sigam inspirando nossas gerações por muitos anos. Meu carinho à família e aos profissionais da Revista CartaCapital, da qual é fundador”, escreveu.
CARTA CAPITAL