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Moraes: impunidade, covardia e omissão não são caminhos para pacificação

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O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou, na abertura do julgamento que apura uma tentativa de golpe de Estado, nesta terça-feira (2), que impunidade, covardia e omissão não são caminhos para pacificação.


“A história nos ensina que a impunidade não é espaço para pacificação. O caminho aparentemente mais fácil da impunidade deixa cicatrizes traumáticas e corrói a democracia, como demonstra o passado recente do Brasil”, disse Moraes.


O ministro realizou as declarações antes da leitura do relatório no julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a 40 anos de prisão. Não há tempo limite para a leitura do documento por Moraes.

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O procedimento foi iniciado com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, que apresenta uma síntese da ação penal. Na sequência, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para defender a denúncia apresentada ao Supremo.


Processo de votação


Após as sustentações, inicia-se a votação. O ministro Alexandre de Moraes será o primeiro a votar, pronunciando-se sobre o mérito do processo e decidindo pela condenação ou absolvição dos acusados, além de estabelecer eventuais penas. Em seguida, votam os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por último, Cristiano Zanin.


Caso a maioria dos ministros vote pela condenação, o colegiado deverá definir as penas para cada réu. Em caso de absolvição, o processo será encerrado sem necessidade de deliberação sobre penalidades.


Quem são os réus do núcleo 1?


Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, o núcleo crucial do plano de golpe conta com outros sete réus:


Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);


Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;


Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;


Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro;


Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;


Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro; e


Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, candidato a vice-presidente em 2022.


Por quais crimes os réus estão sendo acusados?


Bolsonaro e o outros réus respondem na Suprema Corte a cinco crimes. São eles:


Organização criminosa armada;


Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;


Golpe de Estado;


Dano qualificado pela violência e ameaça grave;


Deterioração de patrimônio tombado.


A exceção fica por conta de Ramagem. No início de maio, a Câmara dos Deputados aprovou um pedido de suspensão a ação penal contra o parlamentar. Com isso, ele responde somente aos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.


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