Nem MDB e nem PSD, deu Republicanos na roleta

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

A roleta girou e a palheta parou no Republicanos, é no partido que o senador Alan Rick (UB), foto, deve se filiar, após sua candidatura ao governo ter sido rifada na federação União Brasil-PP. Foi a notícia que chegou ontem ao BLOG. O que lhe fez recuar em ser candidato pelo MDB, foi o fato do partido estar inclinado a indicar o nome do vice na chapa da disputa presidencial do Lula. Alan é bolsonarista e declaradamente de direita. Sua filiação ao PSD, que chegou a ser aventada, flopou por querer se filiar com a garantia de ficar com a presidência do partido e do senador Sérgio Petecão (PSD) desistir da candidatura ao Senado, para buscar um mandato de deputado federal. Petecão não abriu mão. Ao senador Alan Rick (UB) não vai restar alternativas para alianças ao não ser com o MDB e com o PSD. Terá que fazer concessão na sua chapa, na política não tem almoço grátis.


GRANDE DESAFIO


O grande desafio a ser enfrentado pelo senador Alan Rick (UB) na montagem de seu arco de aliados é no campo proporcional, por não ter nenhum dos 24 deputados estaduais lhe apoiando; e ter que enfrentar a poderosa máquina de fazer votos do governo do estado, ao qual fará oposição na campanha. Além da maioria esmagadora dos prefeitos, que deve marchar com o governo.


FOI COMO UM PRESENTE


A filiação do senador Alan Rick (UB) no Republicanos, é como um presente para o deputado federal Roberto Duarte, presidente regional do Republicanos, que está com dificuldades para montar a chapa para a Câmara Federal. Uma candidatura própria ao governo que lidera as pesquisas, vai facilitar atrair nomes para a chapa, devido à chamada perspectiva de poder.


NUM CENÁRIO IDEAL


A médica Jéssica Sales (MDB) só deve colocar seu nome como candidata ao Senado, num cenário ideal e com a garantia de recursos substanciais para a campanha. É a informação que tenho. É forte nos municípios do Juruá, mas nos municípios de Rio Branco e demais municípios do Alto Acre, ainda é desconhecida por grande parte do eleitorado, e teria que fazer uma ampla investida para massificar seu nome. Além de que, a chapa para o Senado é composta de nomes poderosos.


ELZINHA SENDO ELZINHA


A vereadora Elzinha Mendonça (PP) – destaque na legislatura passada – mas uma decepção neste segundo mandato – voltou a ser protagonista na Câmara Municipal de Rio Branco, ao conseguir fazer prevalecer sua tese de encaminhar um documento ao MP, com pedido de afastamento do presidente do RBtrans, Clendes Vilasboas, mesmo não sendo a vontade do prefeito Bocalom. Este ato foi a Elzinha voltando a ser a Elzinha combativa novamente. Bom para o debate. Bom para o contraditório.


FAZENDO FIRULA


Chegam notícias de que o grupo do deputado federal Eduardo Veloso (UB) discute a possibilidade dele disputar o Senado. A sua maior chance é a da reeleição. Não creio que ele vai entrar na aventura arriscada de eleição para senador. O buraco é mais embaixo.


CANDIDATISSIMA


Encontrei ontem num supermercado da cidade, a ex-deputada federal Vanda Milani (PSDB), e lhe perguntei: Vai ser candidata mesmo à Câmara Federal? Candidatissima, foi a resposta. É uma candidata altamente competitiva.


NÃO DESCOBRIRAM A PÓLVORA


Os fiscais do TCE não descobriram a pólvora ao constatar no Pronto Socorro macas com doentes pelos corredores, gente no chão e outras deficiências. Essa foi uma situação recorrente nos governos do PT e de todos os governos que lhe sucederam até à atual gestão. Parece que entererram uma caveira de burro no PS, que os problemas apontados nunca são resolvidos, vez por outra emergem. E pode colocar qualquer enviado do TCE para gerir o PS, que não vai resolver o crônico problema. Aqui, se dá uma dor no dente, se procura o PS e a demanda passa a ser maior que a capacidade de atendimento. E olhe que caminhões de recursos chegam todo mês para Saúde. Infelizmente, é a realidade.


VITÓRIA DOS CABEÇAS BRANCAS


A desistência do deputado Tanízio Sá (MDB) de disputar a presidência do MDB, deixou o presidente Vagner Sales (MDB) livre para ser aclamado para mais um mandato, na eleição de sexta-feira. O desfecho é uma vitória do grupo dos cabeças brancas do MDB. No MDB, antiguidade é posto.


PERDERAM TODOS


Todos os políticos que ousaram trombar com os cabeças brancas do MDB foram derrotados. O MDB é um partido que prima por valorizar os que sempre acompanharam suas lutas ao longo das últimas décadas. Vagner Sales, o atual presidente, por exemplo, nunca abandonou o MDB.


DADO DE PESQUISA


Um dado de pesquisa que deve acender sinal de alerta para a campanha da vice-governadora Mailza Assis (PP) ao governo: 50% do universo pesquisado não lhe conhece. A informação me foi passada por um dono de instituto de pesquisa.


NÃO PASSA


A deputada Antônia Sales (MDB), uma das vozes mais fortes no parlamento na defesa da melhoria do sistema de saúde, está propondo uma CPI sobre a situação do Pronto Socorro. Não vai avante, o governo tem uma base de apoio de esmagadora maioria.


MEDIDA ACERTADA


O STF acertou ao não decretar a prisão preventiva do ex-presidente Bolsonaro. Já cumpre prisão domiciliar e, no próximo dia 2, começa o seu julgamento, que pode ter como desfecho a sua condenação. A sua situação jurídica é muito complicada.


CHAPAS COMPLETAS


O deputado Afonso Fernandes, presidente da Renovação Partidária, que resultou da federação formada entre o Solidariedade e o PRD, tem na sua contabilidade eleger três deputados estaduais (tem uma chapa completa com 25 candidatos), e eleger um ou dois deputados federais. Para o governo apoiam a candidatura da vice-governadora Mailza Assis(PP) e o Gladson Cameli (PP) ao Senado.


GOVERNO COMO ALVO


Os fatos indicam que a nova composição do TCE tem como meta desgastar o governo do Gladson. Foi assim no episódio com a secretaria de Educação e agora com a Secretaria de Saúde, tornando públicas condenações antes de qualquer julgamento. Estão no papel de fiscalizar, que é um direito, mas que este foco está mais que claro, isso está.


CARA DE DISPUTA


A eleição presidencial está com cara que a disputa vai polarizar entre o presidente Lula (PT) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (UB). Os demais concorrentes tendem a fazer apenas figuração. O Bolsonaro está fora do jogo, inelegível e com a tendência de uma condenação por tentativa de golpe.


SERIA ARRISCADO


O ex-prefeito Mazinho Serafim está filiado no PODEMOS, mas é improvável que venha a disputar um mandato de deputado federal pelo partido. Seria arriscado. O PODEMOS está longe de ter uma chapa competitiva para a Câmara Federal.


SEM MANDATO


O PSD vai para a disputa de vagas na Assembléia Legislativa com uma chapa com candidatos sem mandato. Seus dois deputados, Eduardo Ribeiro e Pablo Bregense, disputarão a reeleição em outro partido.


FALTA DEFINIR


Quem está com um esboço de chapa para deputado estadual com nomes que já passaram pelas urnas, mas que estão hoje sem mandato; e o Diogo Rodrigues, filho da ex-deputada Juliana Rodrigues, que já formou chapas vencedoras. Está definindo em que partido vai aportar com seu grupo. Um grupo que pode eleger dois deputados.


DERAM O MOTE


Com o tarifaço do presidente dos EUA, Trump, contra o governo brasileiro, os bolsonaristas deram um tiro no pé: deram um mote nacionalista para a campanha do Lula, que já desfralda o mantra de que o Brasil é dos brasileiros. Se vai ganhar, não sei, mas não será fácil bater o Lula com a máquina federal na mão.


APOIO FECHADO


O secretário de Educação, Aberson Carvalho, não deve disputar um mandato na Câmara Federal, porque tem apoio fechado para apoiar a reeleição da deputada federal Socorro Neri (PP). Mas nada impede que tenha um nome do seu grupo político para deputado estadual.


OUTRO CENÁRIO


A depender do andar da carruagem poderemos ter em 2026 um quadro de candidaturas majoritárias diferente do atual. A política é dinâmica, já disse o saudoso filósofo do Abunã, Rapirã e cercanias, o ex-prefeito de Plácido de Castro, Luiz Pereira.


FRASE MARCANTE


“Deus dá o leite, mas não o balde”. Ditado inglês.


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Luis Carlos Moreira Jorge