Menu

Marcio Bittar em novo ninho

Foto: Reprodução

Estive nesta última sexta-feira na reunião promovida pelo Partido Liberal – PL, para a filiação do senador Marcio Bittar. Acostumado a presenciar atos e manifestações políticas, posso assegurar que não foi qualquer coisa de trivial ou irrelevante. Com a presença do primeiro time do PL, incluindo seu presidente nacional, Valdemar da Costa Neto, senadores e deputados federais de nomeada, da categoria de Bia Kicis, Sóstenes Cavalcante, Eduardo Gomes etc., Marcio Bittar deu uma demonstração de prestígio incomum. 


No palco e na plateia misturavam-se inúmeras lideranças locais, do interior e da capital. Dezenas de convidados, com e sem mandato, mais que lotaram o grande auditório da UNINORTE que foi preparado com muito cuidado para aquela solenidade. Efetivamente, como se pode ver AQUI, um acontecimento digno de nota no cenário político acreano.


De fato, a mudança de partido do Senador já estava programada desde muito antes, em uma transição que tem como causa fundamental, creio, a melhor posição no partido liderado nacionalmente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, ao qual o senador acreano professa lealdade. Entre partidos à direita no espectro político, Márcio Bittar faz um movimento de pura acomodação, sem que tenha por causa disso provocado qualquer transtorno entre as cúpulas partidárias. No Brasil, onde as siglas partidárias costumam tomar caminhos diversos daquele a que se propuseram, às vezes, para manter a coerência é preciso mudar. 


Em todos os discursos em referência ao Senador, podemos destacar três pontos. O primeiro, sua afinidade e vínculo político ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em segundo, a sua inegável contribuição ao desenvolvimento acreano através do carreamento de recursos do orçamento da União e, em terceiro, a sua permanente luta contra o engessamento econômico da região amazônica levado a efeito pelo concerto mídia-ongs-esquerda. Em verdade, pode-se dizer que os três pontos estão entranhados.


Da perspectiva do senador, a sua postura tem muito a ver com os valores que a direita sustenta, mas também com o fato de que durante o governo anterior, na posição de seu vice-líder por quatro anos e relator do orçamento geral da união, foi possível como nunca, dirigir para o Acre recursos financeiros para investimentos jamais sequer cogitados. A prova é que neste ano de 2025, e no próximo, serão executados ainda volumosos recursos definidos no governo Bolsonaro. Sem exagero, é possível afirmar pelo mero exame dos números, que nunca o Acre recebeu tantos recursos, todos eles voltados para uma perspectiva estruturante tendo em vista o desenvolvimento regional. Há uma lógica nisso tudo – Bolsonaro/recursos/desenvolvimento.


Aos críticos de sua adesão ao “bolsonarismo”, muitos deles antolhados em visões politicamente corretas, resta fazer as contas. Não há paralelo, e isto somente foi possível pela atuação correta e competente do Senador que soube como poucos, ampliar seu campo de atuação para além do cotidiano parlamentar. Mesmo seus adversários, embora o agridam ideologicamente, reconhecem a efetividade de seu mandato.


Tudo isso põe o senador Marcio Bittar em vantagem para as próximas eleições? Sim e não. Sim, porque sempre haverá uma base real para defesa de um mandato profícuo, laborioso, importante inclusive no cenário nacional. Não, porque eleições não são feitas exclusivamente de obras e acertos, mas também de erros e do próprio processo eleitoral, no qual só se sabe como entra e nunca como sai. Por enquanto, Marcio Bittar pontua na segunda posição nas pesquisas eleitorais para o senado, que a rigor não dizem muita coisa há um ano das eleições propriamente ditas, ou seja, não há sucesso garantido. Menos ainda se considerarmos a quadra conturbada que vive a política nacional.


Importante saber que os partidos elencados à direita precisam eleger de preferência os dois senadores em 2026. A própria direção partidária estabeleceu como meta fazer a maioria do Senado, por onde passam as condições de enfrentamento do desembesto supremo, e isso tem repercussões importantes na formação de chapas e formulação de acordos locais. Talvez as coisas mudem bastante por aqui antes que alguém possa se dizer vitorioso. Estamos ainda na fase de escalação das equipes, o jogo mesmo ainda vai demorar um pouco. Adiante.



Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS, terças, quintas e sábados no  DIÁRIO DO ACRE, quartas, sextas e domingos no ACRENEWS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites.


plugins premium WordPress