O Ministério Público Federal (MPF) acionou o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) para que adote medidas voltadas à localização e preservação do acervo cultural do líder seringueiro e ambientalista Chico Mendes, desaparecido desde 2019.
O material, composto por documentos e registros históricos da trajetória do ativista, estava sob a guarda da Biblioteca da Floresta, em Rio Branco (AC). De acordo com a representação do MPF, o acervo sumiu após o fechamento do espaço para reforma e manutenção, naquele ano. Em 2022, um incêndio atingiu parte do prédio, agravando ainda mais a situação.
Na manifestação, o MPF alerta que a ausência de informações sobre o paradeiro e as condições da coleção representa uma “iminente lacuna na memória coletiva” e um prejuízo concreto para a sociedade acreana. O órgão enfatiza o valor histórico e cultural dos itens, fundamentais para preservar a memória das lutas sociais e ambientais na região.
O pedido foi formalizado pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão, Lucas Costa Almeida Dias, e será analisado pelo MPAC, responsável por definir quais providências poderão ser adotadas para resguardar o acervo.