O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu prorrogar o afastamento do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, investigado em um suposto esquema de venda de sentenças. Ele está fora do cargo há um ano, desde que foi alvo da Operação Máximus, da Polícia Federal (PF).
A decisão foi assinada pelo ministro e corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell Marques, e publicada no Diário da Justiça do Tocantins. O inquérito segue em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota à TV Anhanguera, a defesa de Helvécio Maia Neto informou que não vai se manifestar sobre a prorrogação.
Enquanto o caso não é concluído, o magistrado Márcio Barcelos Costa, titular do 3º Juizado Especial da Comarca de Palmas, continuará atuando em substituição ao desembargador afastado.
Helvécio, que já presidiu o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO), foi afastado do cargo no dia 23 de agosto de 2024, por decisão do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Operação Máximus
Deflagrada em 23 de agosto de 2024, a Operação Máximus apura crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e busca e apreensão nos estados do Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal.
O nome da operação faz referência ao personagem do filme Gladiador, Máximus, que lutava contra a corrupção na cúpula do poder no Império Romano.