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Quaest: maioria dos brasileiros desaprova tarifas de Trump e vê Lula como defensor do país

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CNN Brasil

A nova pesquisa da Quaest indica que o chamado tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil se tornou tema amplamente conhecido entre os eleitores. De acordo com o levantamento, 84% dos entrevistados afirmaram ter tomado conhecimento da carta enviada por Donald Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, percentual que em julho era de 60%. Já o desconhecimento caiu de 33% para 16%.


Segundo a pesquisa, 71% dos eleitores consideram que Trump errou ao impor tarifas por acreditar que há perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Quando questionados sobre quem está agindo da forma mais correta nesse embate, 48% disseram Lula e o PT, enquanto 28% apontaram Bolsonaro e seus aliados. Para 15%, nenhum dos dois lados tem razão.


A percepção sobre as motivações do presidente brasileiro divide opiniões: 41% acreditam que Lula está se aproveitando da situação para se promover, enquanto 49% avaliam que ele age em defesa do país. No caso do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), 69% dos entrevistados disseram que ele atua em benefício próprio e da família; apenas 23% entendem que ele defende os interesses do Brasil.


O impacto econômico também preocupa. Para 77% dos entrevistados, as tarifas prejudicarão a população, especialmente pelo aumento no preço dos alimentos, apontado por 64%. A maioria, 67%, defende que o Brasil busque negociar com os Estados Unidos, enquanto 28% preferem a retaliação com novas tarifas contra produtos norte-americanos. As expectativas sobre o sucesso das negociações estão divididas: 48% acreditam que Lula conseguirá um acordo e 45% avaliam que não.


O levantamento também aferiu a popularidade do presidente em oito estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Bahia e Pernambuco. Lula apresentou melhora em todos, com destaque para os dois estados nordestinos. Na Bahia, a aprovação subiu de 47% para 60%, enquanto a desaprovação caiu de 51% para 39%. Em Pernambuco, a aprovação avançou de 49% para 62% e a rejeição recuou de 50% para 37%.


Na rodada anterior da pesquisa, o cenário era de empate técnico entre aprovação e desaprovação nesses estados. Agora, Lula recupera terreno no Nordeste, região em que mantém seu maior capital político.


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