Foto: Vinicius Schmidt/Metropoles
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que encontra-se nos Estados Unidos, se manifestou nesta quarta-feira (20/8) após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) junto com o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em nota publicada no X, o parlamentar afirmou ter tomado conhecimento do relatório pela imprensa e negou que suas ações nos Estados Unidos tenham tido a intenção de influenciar processos políticos no Brasil. Segundo ele, sua atuação no exterior esteve voltada a defender liberdades individuais por meio da via legislativa, especialmente em apoio a um projeto de anistia em tramitação no Congresso Nacional.
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O deputado destaca também que vive sob a jurisdição americana e invocou a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos como garantia de liberdade de expressão e direito de petição ao governo local.
Na manifestação, Eduardo ainda classificou como “lamentável e vergonhoso” a inclusão de conversas privadas entre familiares e aliados no inquérito, afirmando que o objetivo seria gerar desgaste político. Ele concluiu a nota afirmando: “Se o meu ‘crime’ for lutar contra a ditadura brasileira, declaro-me culpado de antemão”.
O indiciamento de Eduardo foi feito no âmbito da Ação Penal nº 2668, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo envolve oito réus, entre eles Jair Bolsonaro, e apura crimes como coação no curso do processo, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
O relatório da PF será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresenta denúncia ao STF ou se arquiva o caso. Caberá ao Ministério Público avaliar se as provas reunidas sustentam a acusação formal contra o ex-presidente e seu filho.