Foto: Reuters/Luisa Gonzalez
Um tribunal revogou a ordem de prisão domiciliar contra o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe como parte de uma sentença de 12 anos de prisão proferida por uma juíza sob a acusação de fraude processual e suborno em processos criminais, ordenando a libertação imediata do líder político.
Uma juíza condenou Uribe no início de agosto em meio a um julgamento de manipulação de testemunhas, tornando-o o primeiro ex-presidente a ser condenado na história do país sul-americano, mas a defesa do político recorreu da decisão, argumentando erros de fato e de direito, “avaliações notoriamente tendenciosas” e “vícios insanáveis”.
A defesa do ex-presidente também apresentou um recurso judicial ao Tribunal Superior de Bogotá solicitando sua libertação.
“Garantir o direito fundamental à liberdade individual do cidadão Álvaro Uribe Vélez”, afirmou a parte resolutiva da decisão do tribunal, que também anulou a detenção domiciliar e ordenou sua imediata libertação.
Uribe, de 73 anos, que governou a Colômbia por dois mandatos consecutivos entre 2002 e 2010, declarou-se inocente durante o julgamento e, na apelação ao tribunal, classificou como uma “decisão política” o veredito de primeira instância da juíza Sandra Liliana Heredia.
O mesmo tribunal está atualmente revisando a sentença de 12 anos contra o ex-presidente e deverá tomar uma decisão nas próximas semanas.