A última semana foi novamente sacudida por decisões do presidente norte-americano contra autoridades brasileiras. Até o programa mais médicos, aquele que no período Lula serviu de tubulação para o fluxo de recursos direto na conta da ditadura cubana, foi lembrado para justificar uma canetada sobre o ministro da saúde, Alexandre Padilha, e seus familiares. Férias em Miami foram canceladas. Imediatamente, a mídia pré-paga e o lulopetismo saíram correndo gritando que “a culpa é do Eduardo Bolsonaro”. Antes, o ministro da economia de lá deixou o ministro de cá com as calças, digo, a agenda na mão. Simplesmente, sem maiores satisfações, desmarcou a reunião que trataria das sanções econômicas contra o Brasil. De novo, “a culpa é do Eduardo Bolsonaro”. Na Câmara dos Deputados o “lindinho” da ODEBRECHT pediu punição ao deputado paulista por crime de lesa-pátria, qualificando-o como culpado por todas as danações que incidiram recentemente sobre autoridades e governo brasileiro. Será?
Bem, estamos tratando do país mais influente do mundo, os Estados Unidos da América. Seu presidente é, por conseguinte, o homem mais poderoso, possui meios econômicos, políticos e bélicos para agredir ou dissuadir qualquer um que se meta em seu caminho ou contra os seus valores. Para isso, possui as mais avançadas tecnologias, as mais verificadas informações, os mais competentes estrategistas, enfim, o Donald Trump trabalha tendo ao alcance da mão o que de melhor existe para a tomada de decisão. Aí, me vem na imprensa a militância lulopetista atribuindo a um deputado federal brasileiro a culpa das decisões trumpistas, como se ele, o deputado, “fizesse a cabeça” do presidente americano. Seria cômico, se não fosse trágico. Quando o mau-caratismo se junta com a burrice não tem para ninguém.
Atribuir a “culpa” do tarifaço ao Jair Bolsonaro é ainda mais estúpido. Como poderia os EUA dirigir sanções aos inocentes e proteger o culpado? Jair é a vítima do processo político-judicial espúrio que pretende varrer a direita e voltar ao ping-pong esquerda-menos esquerda que vigorou até 2018. Prender ou matar Bolsonaro pretende frear a onda patriótica-conservadora que ele lidera. Em nenhum documento ou comunicação americana há uma citação sequer de qualquer ação que ele tenha tomado que explique o tarifaço e demais medidas. Se lhe cabe culpa é a de se defender, o que, convenhamos, só é transgressão sob ditaduras.
O Eduardo Bolsonaro não tem influência? Claro que tem, mas apenas no limite da informação direta, seguramente sujeita a confirmação pelos órgãos competentes. Por isso, aliás, a demora e a calibragem das medidas tomadas. A conversa com o trumpismo não é “faça isso”, é “está acontecendo isso”, então o governo americano confirma trocentas vezes a informação e define a estratégia que lhe convém.
Vejo o Eduardo Bolsonaro como vi por aqui o venezuelano Juan Guaidó. Ele andava pelo mundo denunciando e chamando as autoridades para examinarem o grau de perversão da ditadura de Maduro. Hoje é a Maria Corina quem faz o mesmo serviço, mostrando que a eleição de Maduro foi flagrantemente fraudada e que por lá as oposições são caçadas e cassadas, com o modelito prende por fakenews ou ameaça à democracia e torna inelegível o oponente. No final, sem adversários, a vitória será garantida. Alguma semelhança conhecida?
Fora do nhenhenhém diário das redações, sabe-se que o motivo pelo qual soltaram o Lula da cadeia e agora prenderam o Bolsonaro é rigorosamente o mesmo – inviabilizar a direita e promover a vitória da esquerda e sua agenda globalista. Não foi pela Janja que o democrata Joe Biden mandou a USAID com milhões de dólares operar livremente nas eleições passadas, contra Bolsonaro, mas porque o descondenado é um líder importante na esquerdização sul-americana.
Os próximos dias serão cruciais. Moraes adiantou o serviço e mandou que o seu cupincha fosse ágil. O ministro Zanin correu e já marcou o julgamento para 02 de setembro na Turma encabrestada. O Moraes tem pressa, não quer que fique para o próximo ano a condenação que pode ser feita agora, quer chegar em 2026 com o jogo definido, Bolsonaro preso ou (de preferência) morto, já que permanentemente o ex-presidente apresenta complicações graves relativas à facada jamais esclarecida.
Até lá, o presidente americano, Donald Trump, que por várias vezes se referiu a Bolsonaro de forma amistosa, e ao processo judicial brasileiro como uma farsa, pode agir e apertar o nó no pescoço dessa gente, até que os dois considerandos da sua carta de sanção – fim da perseguição e restauração da liberdade de expressão sejam atendidos. A julgar pelos fatos recentes, suas ações podem ser mais vigorosas, mais amplas e mais contundentes. De Trump, que se vê espelhado no Bolsonaro porque sofreu o mesmo processo de perseguição judicial, além de eleições inseguras, podemos esperar qualquer coisa, menos nada.
Agora mesmo, ele mirou a Venezuela e está caçando seu presidente que comanda uma narcoditadura, com gerência sobre o “cartel de soles”. Trump quer levá-lo a julgamento e já encostou navios, aviões e drones de ataque. Maduro sumiu (diz-se que está em um bunker) e não chegou ninguém para socorrê-lo, o que faz supor que foi abandonado por seus amiguinhos ditadores. Mesmo o Lula, que lhe estendeu tapete vermelho está pianinho. Os venezuelanos mais corajosos já ensaiam a volta às ruas. A noção geral é de que depois da queda iminente de Maduro, outros ditadores sul-americanos entrarão no radar. A combinação autoritarismo-tráfico de drogas-esquerdismo será destroçada.
Entendamos que todo esse processo com vistas à América do Sul, incluindo o Brasil e a junta que nos governa, faz parte de uma iniciativa americana de contenção do movimento de alguns países para fora de sua área de influência no sentido de potências adversárias – China e Rússia. Sob governo republicano, os EUA não irão admitir que prosperem as decisões do Foro de São Paulo, portanto, interromper o itinerário esquerdizante de Lula e seus asseclas é fundamental.
Se o sujeito tiver um pouco de vigor cognitivo nos neurônios verá que diante desses objetivos geopolíticos, um deputado federal brasileiro e nada são a mesma coisa. Eduardo Bolsonaro é apenas a nossa Maria Corina Machado, que se mandou da Venezuela para poder falar e ser ouvida, para denunciar e ser compreendida. Quem no Brasil não quiser Trump no cangote nos próximos anos, cesse a perseguição, aprove a anistia, restaure a liberdade de expressão e realize eleições limpas e democráticas. Fora disso, é aguardar o movimento do elefante.
Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS, terças, quintas e sábados no DIÁRIO DO ACRE, quartas, sextas e domingos no ACRENEWS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites.