Na edição desta segunda-feira, 18, o programa Fitness da Hora, apresentado pelo educador físico Junior Moisés, trouxe uma reflexão sobre os riscos do sedentarismo e seus efeitos na saúde pública e individual.
Logo no início, Moisés destacou um dado alarmante: nos últimos três anos, o governo federal gastou mais de R$ 15 bilhões no tratamento de doenças relacionadas à falta de atividade física. Segundo ele, esse é um recurso que poderia ser poupado com a adoção de hábitos simples, como a prática regular de exercícios.
O treinador ressaltou que o sedentarismo não é apenas “falta de treino, mas falta de prioridade”, e lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 500 milhões de pessoas devem adoecer em decorrência da inatividade física nos próximos três anos. “O Brasil está no epicentro dessa bomba silenciosa”, alertou.
Junior Moisés também chamou atenção para a realidade da educação física no país, que deixou de ser obrigatória, refletindo em crianças com menos força e coordenação motora. Para ele, a falta de movimento na infância gera consequências emocionais, físicas e sociais ao longo da vida adulta.
Outro ponto levantado foi a situação das academias, que muitas vezes funcionam apenas como espaços de treino, sem professores suficientes e sem avaliação física adequada, o que contribui para frustrações e lesões entre os praticantes. Ele pontuou ainda a crescente busca por medicamentos como alternativa rápida para emagrecimento e saúde, lembrando que “remédio não compra mentalidade, disciplina ou bem-estar”.
O programa também apresentou orientações práticas para o público: hidratação adequada, sono regular de sete a oito horas diárias e treinos orientados como pilares de uma vida saudável. “Saúde não se terceiriza, se constrói”, reforçou Moisés.