O MDB, que já comandou o governo e tem importância histórica e política no estado, inclusive, sempre contra a ditadura e pelas liberdades democráticas, vive um momento de pré-campanha muito delicado. Sem um nome forte para lançar ao governo, sem conseguir até aqui formar uma chapa de candidatos a deputados federais, sonha com a expectativa de uma filiação do senador Alan Rick (UB), que a cada dia fica mais distante – pelo caminho dele de ancorar no porto do Republicanos. O seu problema regional está umbilicalmente ligado ao que for decidido no panorama nacional. Se o MDB indicar o vice do Lula, como se fala naturalmente, os dois candidatos que polarizam a disputa do Palácio Rio Branco, os bolsonaristas Alan Rick e Mailza Assis, não vão querer nos seus palanques um partido na chapa do Lula. Com o Bocalom, se for candidato, também, nem pensar. Nem o MDB quer e nem o Boca vai querer. Se juntar com a esquerda novamente, nem pensar. Seria como escorar em pau seco, uma queda eleitoral certa. No cenário descrito caberia ao MDB sair frágil em carreira solo. O MDB está como na letra da canção Ninguém me Ama, da cantora de fossa dos anos 60, Nora Ney: “Ninguém me ama\ninguém me quer\ninguém me chama de meu amor\a vida passa\ e eu sem ninguém….
FIM DE UM CLÃ
Dia 2 de setembro, quando no STF acontecerá o julgamento do ex-presidente Bolsonaro e de aliados do seu grupo, ficará marcado como a data do fim de um clã que teve uma passagem meteórica pelo poder. A tendência natural é a condenação de todos na acusação de tentativa de golpe de estado. A vida política do Bolsonaro chegará a um fim inglório.
DOIS CAMINHOS
Que o Bolsonaro será condenado no julgamento do próximo dia 2, não há dúvida. A saber se lhe será dado o direito de prisão domiciliar (Como no caso do ex-presidente Collor de Mello – ou se será recolhido à prisão. Pela sua saúde frágil, tudo indica que cumprirá pena em casa com medidas cautelares.
SOBRANDO PARA TODOS
A maré está turbulenta não só para o ex-presidente Jair Bolsonaro. Hoje, para a surpresa geral, o presidente da Câmara Federal, deputado federal Hugo Mota, mandou para o Conselho de Ética da casa, pedidos de cassação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que tramou e trama nos EUA sanções econômicas contra seu país. Jogou errado ao imaginar que o tarifaço do Trump levaria o STF a acabar com todos os processos contra o pai e seu grupo. Fez foi antecipar o dia do julgamento.
VAMOS VER SE É BRABO
O Pastor Silas Malafaia tanto procurou que encontrou, está sendo investigado na Polícia Federal por tentar obstruir o julgamento do ex-presidente Bolsonaro. O Malafaia é brabo no microfone, vamos ver se será brabo nas barras do STF.
NÃO FOI SOBRE O TOMATE
O fato político mais comentado na taba foi a foto da visita do governador Gladson Cameli à Ministra da Articulação Política do Lula, Gleisi Hoffmann. Não foi uma conversa sobre o preço do tomate. Nem sobre recursos para o estado, a conversa foi política, isso é 100% certo. O teor é que não se sabe, mas foi sobre o processo eleitoral, não há nem dúvida.
TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO
As versões que rolam nos comentários é de que pode ter havido um acordo do governo ajudar nos bastidores como segundo nome a candidatura do Jorge Viana ao Senado, mas nada de concreto sobre isso, apenas uma das muitas ilações sobre o encontro Gleisi-Gladson. Na verdade, ninguém sabe sobre os temas que conversaram.
As teorias da conspiração foram muitas, entre elas, o apoio do governo à candidatura do Jorge Viana (PT)
TIRO NO PÉ
O superintendente do RBtrans, Clendes Vilasboas, deu um tiro no pé ao colocar sob suspeição a eleição de todos os vereadores de Rio Branco. Recebeu notas de repúdios, teve que se retratar, mas o estrago já estava feito. Inclusive, na base do prefeito Tião Bocalom. Deveria ter restrito seu caso à apuração judicial. Foi bancar uma de valente, falou demais e se complicou. Melhor é sair de cena.
LEVOU NA ESPORTIVA
A presidente do DERACRE, Sula Ximenes, não desperta comentários elogiosos ao seu trabalho apenas no campo da gestão, mas também na área do cupido. Nada mais comentado nas rodas políticas do que a declaração do prefeito de Feijó, Jailson Ferreira – homossexual assumido, inclusive, vive maritalmente com um parceiro – de que se fosse hétero casaria com a gestora do órgão. Foi alvo de muitas risadas e a Sula tirou tudo na esportiva. Na política sempre cabe uma pitada de humor.
FICOU IMPROVÁVEL
A fonte não se revela. Ouvi de uma figura próxima do prefeito Tião Bocalom de que depois das declarações do governador Gladson a favor da candidatura de Mailza Assis seu ímpeto de disputar o governo diminuiu, ficou improvável. Seria altamente arriscado deixar a prefeitura para disputar o governo contra a máquina estatal e ficar sem mandato.
LUTA ANTIGA
Bocalom vem de muitas derrotas para prefeitura da capital e governo, jogar a primeira vitória para a PMRB na lata do lixo para entrar numa eleição de alto risco, não seria muito inteligente.
NÃO É PRIORIDADE
E a prioridade da direção nacional do PL não é ter um governador no Acre, mas conseguir eleger um senador e deputados federais, que são as moedas políticas que realmente valem em Brasília.
TRABALHO E ESTRUTURA
A deputada federal Socorro Neri (PP) deve vir para a reeleição ancorada num mandato participativo nos temas como desenvolvimento sustentável e Educação; e numa forte estrutura de campanha. Sua chance de reeleição é altamente viável. Faz por onde.
O QUE QUER O GLADSON?
Depois de dizer ser o Lula o pai e avô do Acre, ter sido o presidente que mais colocou dinheiro para a infraestrutura no estado; e agora essa sua foto com a ícone do PT, Gleisi Hoffmann, o seu grupo no governo deve andar se perguntando: -afinal de contas, o que quer o Gladson para 2026?
APENAS PARA LEMBRAR
Um fato não tem a ver com o outro, mas é apenas para lembrar: ninguém mais que o Jorge Viana e a turma do PT fez denúncias contra o ex-governador Gladson Cameli – tio do Gladson- e este apoiou o Jorge para o governo. Nunca duvide de nada na política.
PERDEU O BRILHO
No quesito debate, a atual composição da Assembléia Legislativa deixa muito a desejar. Fora as denúncias pontuais dos deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB), Emerson Jarude (NOVO) e Michelle Melo (PDT), as sessões viraram um marasmo. Parece uma casa de comportados monges budistas silenciosos. Com uma maioria esmagadora da base do governo, a ALEAC virou um órgão do amém e sim senhor. O parlamentar é o reflexo do voto do eleitor.
NÃO É FAVO DE MEL
O prefeito de Sena Madureira, Gerlen Diniz, que deixou o mandato de deputado federal de reeleição segura, está sentindo na pele a dificuldade que é a de ser gestor de um município pobre, e dependente do governo federal. Não digo que sua administração fracassou, porque está no primeiro ano de mandato, mas pode ser dito que ainda não decolou. Mas tem tempo para sair por cima. Administrar uma prefeitura não é doce como o favo de mel.
NOVA LIDERANÇA
Uma nova liderança jovem e altiva está surgindo em Brasiléia, a vereadora Izabelle Araújo (Republicanos). Cumpre um mandato como deve ser o de um vereador, cobrando firme ações do prefeito, fiscalizando, passando longe da cooptação pelo prefeito Carlinhos do Pelado e fazendo oposição. O vereador não foi eleito para bater palmas. Se continuar assim vai longe.
VAMOS PARAR COM ISSO
É comum ver político dizendo a abobrinha de que é de direita por ser “cristão”, como se na esquerda só existissem ateus. E se na esquerda ninguém defendesse a família. Ora, ora dona Aurora, deixemos de lado a hipocrisia ideológica tosca que transformou o país num debate do ódio..
FRASE MARCANTE
“Os preconceitos são a razão dos imbecis”. Voltaire.