Após o vereador Eber Machado (MDB) afirmar que sua equipe jurídica está preparando um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de suposto assédio moral contra servidores da RBTrans, o superintendente da autarquia, Clendes Vilas Boas, declarou nesta quinta-feira (14), durante participação no Gazeta Entrevista, que não teme uma eventual investigação.
Clendes ainda criticou a atuação dos parlamentares, afirmando que, se a CPI for levada a sério, não fica um vereador na Câmara. “Tenho medo nada. Além disso, se a CPI da Câmara for levada a sério, não fica nem um vereador lá. Porque, se for levar a sério, acho que todos têm algum problema relacionado à eleição. Todo vereador, todo mundo tem problema. Se eu quiser criar uma tese para fazer uma denúncia contra qualquer parlamentar e procurar provas, a gente encontra. Sempre aparece alguém para dizer: “Ah, isso aqui ele me pagou para votar”. E até mentira aparece”, declarou.
Ele prosseguiu dizendo que, caso decidisse buscar informações sobre seus opositores, encontraria denúncias suficientes para pedir cassações. “Veja bem: se eu for sair em campo, que sou um cara popular dentro das comunidades, e procurar informações sobre as pessoas que estão me atacando, vai surgir algo. Centenas de pessoas vão dizer: “Ele me pagou tanto pelo voto”. É só reunir essas pessoas, levar à Câmara e pedir a cassação do vereador. Entendeu? Se eu fosse fazer o que eles estão fazendo comigo agora — campeando para me cassar e me tirar do cargo —, eu até abriria mão do cargo. Mas não tentem tirar a minha paz, nem assassinar a minha reputação”, afirmou.
Sobre as acusações de assédio moral, Vilas Boas reforçou que não pretende recuar. “Pode vir mil, pode me matar, pode me levar para o buraco, mas eu não me entrego”, concluiu.
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