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Funai defende justiça climática com foco na proteção das terras indígenas na COP30

Por
Terezinha Moreira

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) defendeu que a justiça climática baseada na proteção das terras indígenas seja o tema central da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro, em Belém (PA).


O conceito considera que grupos mais vulneráveis, como os povos indígenas, sofrem impactos mais severos das mudanças climáticas, embora não sejam responsáveis pela crise. Nesse cenário, os maiores emissores de gases poluentes devem assumir a maior parte das ações de adaptação e mitigação, com uma transição ecológica ética e responsável.


Durante a etapa de Roraima do Ciclo COParente, a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, reforçou a necessidade de garantir a presença e a participação indígena nas negociações da COP30. “Justiça climática é para que o mundo veja com bons olhos tanto a participação dos povos indígenas quanto suas ideias nas decisões sobre impactos sociais”, afirmou.


A Funai ressaltou que as terras indígenas são essenciais para a conservação da biodiversidade e o combate à crise climática, pois preservam florestas, evitam o desmatamento e contribuem para a redução de gases de efeito estufa. Desde 2023, 16 terras foram homologadas, 11 tiveram portarias declaratórias aprovadas e oito desintrusões foram realizadas.


Para garantir a presença indígena na COP30, a autarquia vai apoiar deslocamento e hospedagem em formato de acampamento.


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Terezinha Moreira