Foto: David Medeiros
O superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas, concedeu entrevista nesta quarta-feira (13) para rebater acusações de assédio moral contra servidores da autarquia e negar que comercialize perfumes da Hinode dentro da instituição.
Segundo Clendes, por ser diamante na empresa, consegue vender os produtos a preços mais baixos, mas somente fora do expediente. “Fui com a minha família, para a viagem, fui e voltei com tudo pago pela Hinode. Eu sou diamante na Hinode, sou distribuidor, então o perfume chega para mim a preço de fábrica. E as pessoas que me pedem e encomendam, eu pego e levo para a minha casa. Na hora de folga, eu entrego para as pessoas. Eu não vendo perfume na Hinode dentro da RBTrans. Eu entrego porque, nas horas vagas, quem cuida da minha vida sou eu, mais ninguém. Eu sou responsável pelos meus atos”, afirmou.
Foto: David Medeiros
Ele explicou que a venda dos perfumes é uma forma de complementar a renda para custear tratamento de saúde após sofrer um AVC. “Eu passei na RBTrans desde 2021 ganhando um salário de diretor, que não cobria meus gastos com fisioterapia três vezes por semana e medicamentos caros. Eu vendo para sustentar minha casa e pagar meu tratamento. Vender perfume nas horas vagas é crime? Eu acho que não. Eu sou operador do Direito e jamais usaria a instituição para isso”, declarou.
Clendes também negou o uso de veículo oficial para fins pessoais ou para deslocamentos médicos. “Nunca utilizei carro oficial para tratamento de saúde. Eu pago táxi da rodoviária para casa, custa R$ 17 e sempre dou R$ 20. Algumas vezes, quando estamos em operação, um veículo passa perto de casa e me deixa. Qual é o crime nisso?”, questionou.
O superintendente ainda comentou a polêmica envolvendo a blogueira Marília Rodrigues, afirmando que, nas eleições passadas, ela e o ex-superintendente Benício Dias teriam distribuído material de campanha dentro da autarquia.
“Essa senhora trabalhou na RBTrans acompanhando o então superintendente Benício. Em plena campanha, entraram de sala em sala distribuindo santinhos. Eu disse que aquilo não podia ser feito. Se ela não gostou, foi por questão legal. Eu tenho ficha limpa e respeito a legislação. Instituições como o TRE e o Ministério Público não querem vínculo com pessoas de conduta duvidosa”, disse.
Durante a entrevista, Clendes se emocionou e chorou. “A gente tem família. Acho que o mais importante é serenidade, respeito e reconhecimento. Enquanto vida eu tiver, não vou deixar barato. Isso é um atentado contra um pai de família, contra pessoas de bem”, concluiu.
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