Foto: David Medeiros
As obras do Viaduto do Complexo Viário na Avenida Ceará, em Rio Branco, têm gerado transtornos tanto no trânsito quanto para o comércio local. A mudança nas rotas de circulação de ônibus mudou o tráfego no centro da capital, enquanto motoristas e pedestres ainda se acostumam com os caminhos alternativos.
O impacto, no entanto, vai além do trânsito. No entorno da obra, comerciantes relatam prejuízos. Em entrevista ao ac24horas Play na manhã desta quarta-feira, 13, José Gomes, conhecido como Neto, representante da empresa Acre Jet Informática, localizada próxima à obra, falou dos impactos que a obra vem trazendo para a empresa.
Foto: David Medeiros
“A gente sabe da importância das obras para a nossa cidade, para o nosso estado. Mas acontece que, às vezes, a gente acha que não houve um planejamento bem feito e o que é pior, é incluso, de fato, uma preocupação com as empresas. Nós estamos na Acre Jet, que, a meu ver, e a você que pode dar uma verificada geral aqui, é a empresa mais afetada hoje. O próprio estacionamento, como vocês podem ver aqui, neste momento não tem um carro sequer, não tem um veículo. Fizemos várias reivindicações e não nos foi atendido. Tivemos reunião com o secretário, na SEOP, por último agora, prometeu algumas coisas, não fizeram. O fato é que uma empresa hoje, todos sabem como foi colocado para eles lá, uma empresa vive com uma margem bem apertada de lucro, de uma forma que não dá para ter um prejuízo sem fechar as portas. O governo precisa ser sensível a essa situação”, pontuou.
Durante a entrevista, Neto ressaltou ainda o impacto sobre famílias que dependem da empresa: “Aqui nessa empresa, assim como nas outras, aqui são 15 pais e famílias que dependem da empresa. De uma forma que, com o impacto que está tendo aqui na arrecadação da empresa, vai fechar as portas, pode fechar as portas. Então, assim, como eu falo, a gente sabe da importância, é necessário fazer obra, sim, mas tem que pensar também, tem que ter uma sensibilidade com as empresas e com os impactos que tem, com os empregos que tem aqui, que a empresa gera”, pontuou.
Foto: David Medeiros
O representante da empresa sugeriu uma rota alternativa para minimizar os efeitos da obra. “Essa é a principal situação, é o que mais nos impacta. Desde o início, a nossa reivindicação foi essa, deixe a avenida aberta até a rua Ibase, a esquina da loja aqui. Não vai atrapalhar a obra, o trânsito também não vai atrapalhar. Aqueles colocaram que iria atrapalhar o trânsito, como eu falei para você mesmo, uma pessoa que vem por uma rua em um dia e ela está bloqueada, é questão de lógica, no outro dia ela vai vir por uma outra rota alternativa. Portanto, aqui irá ficar passando somente os clientes da Acre Jet e mais os das Boas Novas, que são poucos, então essa seria a principal reivindicação nossa e não nos atenderam”, ressaltou.
Foto: David Medeiros
Segundo Neto, alternativas sugeridas pela Secretaria de Obras não solucionaram o problema: “Deram como sugestão entrada e saída nessa rua ao lado, que vem por trás da loja, ela seria só ida e agora está a vir de mão dupla, porém, para piorar, o que a gente usava ainda como alternativa, estacionar ao lado da rua aqui, usava a rua para estacionar também, porque não tem estacionamento, o RBTrans para piorar, veio ontem, colocaram as placas aí e bloquearam, não pode estacionar nenhum carro sequer aqui, então assim, só dificulta para nós e isso é a nossa reclamação”, finalizou.