A vice-governadora do Acre, Mailza Assis, recebeu nesta segunda-feira, 11, representantes da Associação de Equoterapia Eu Acredito, referência no atendimento a pessoas com deficiência no estado. O médico equoterapeuta Marcelo Cordeiro, que preside a associação, apresentou propostas para ampliar o atendimento e pediu apoio para fortalecer as ações voltadas a esse público no estado.
O encontro contou ainda com a presença do deputado federal Eduardo Velloso, da presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Dilaina Costa, do gerente da Sabenauto, Renato Borges e da diretora administrativa e financeira da Seagri, Temyllis Silva.
Durante a reunião, a vice-governadora destacou a importância de unir forças para ampliar oportunidades e melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência. “Hoje tratamos de um tema muito importante, ouvindo as demandas das associações que representam nossos PCDs. Estamos buscando soluções para espaço, recursos e parcerias que possam fortalecer esses trabalhos e trazer mais conforto a quem mais precisa. Quero reafirmar que podem contar comigo, no que for possível, para viabilizar junto ao governo as necessidades da nossa população”, afirmou Mailza, que também é secretária de Assistência Social e Direitos Humanos.

Foto: Ingrid Kelly/Secom
Expansão da equoterapia e inclusão social
A Associação Eu Acredito, com sede no Acre e atuação também em Roraima, Amazonas e Rondônia, é referência na oferta de equoterapia, método terapêutico que utiliza o cavalo como instrumento para o desenvolvimento psicossocial de pessoas com deficiência. Atualmente, a instituição atende 435 crianças e jovens com transtorno do espectro autista (TEA) no estado.
Marcelo Cordeiro explicou que a demanda é crescente e que há lista de espera para o serviço. “Com pouco, conseguimos fazer muito, mas precisamos ampliar a estrutura. Nosso trabalho envolve psicólogos, fisioterapeutas e voluntários, atendendo de Cruzeiro do Sul a Epitaciolândia. A equoterapia já é um direito garantido por lei, e queremos que mais famílias tenham acesso. Hoje a gente está barganhando um espaço para que a gente possa ampliar os nossos atendimentos e principalmente sediar todas as instituições voltadas ao PCD”, afirmou.
O médico também destacou o projeto Amigos do Betão, que apoia a associação, e promove a reintegração social de pessoas em situação de rua e dependentes químicos, oferecendo abrigo, alimentação, acompanhamento psicológico e oportunidade de capacitação para integrar a equipe multidisciplinar da equoterapia.

Foto: Ingrid Kelly/Secom
Proposta de “Cidade Inclusiva”
Entre as demandas apresentadas, está a criação de uma “cidade inclusiva”. A proposta prevê reunir, em um único local, todas as instituições voltadas a PCDs, oferecendo serviços públicos como saúde, assistência social, segurança e atendimento ao cidadão, além de espaços para atividades esportivas, culturais e terapêuticas. A ideia inicial seria usar o espaço do Parque de Exposições.
Segundo os idealizadores, o objetivo é que o espaço seja acessível, acolhedor e funcional, promovendo a autonomia e a participação plena das pessoas com deficiência, sem excluir o atendimento à comunidade em geral.
O deputado federal Eduardo Velloso elogiou a iniciativa e reafirmou apoio. “Essas instituições fazem um trabalho fundamental e complementam o que o Estado, sozinho, não consegue alcançar”, disse.