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Lembremos!

Por
Narciso Mendes

O tempo e a paciência não perdoam os apressadinhos.


O tempo voa, mas não nos ensina a voar. Portanto, todos àqueles que gostariam de voar precisam, no “mínimo mini moro” dar tempo ao tempo e ter bastante paciência. O título deste artigo se presta para quem ousar atropelá-lo, pois sendo o tempo o senhor da razão, só com o passar dos tempos é que a verdade, a justiça e a realidade se revelarão.


Infelizmente, na nossa atividade política abundam àqueles que atropelam os seus próprios tempos, e o pior, ainda conseguem atropelar os tempos dos outros. Portanto, o tempo a ser vivido intensa e cuidadosamente, é o de hoje, do agora, posto que, os amanhãs poderão vir repletos de incertezas e ainda que você tenha todo o dinheiro do mundo não conseguirá comprá-lo.


Você é dono do seu presente, mas dependendo das escolhas que você faça dependerão os seus futuros amanhãs. Lamentavelmente, na nossa atividade política à grande maioria daqueles que são ungidos ao poder baseados em promessas fantasiosas, sabidamente irrealizáveis, jamais poderão esperar por bons tempos, sim e não raramente, pela chamada lei do retorno. O fato é: só se conhece um bom marinheiro quando o mesmo é lançado num mar revolto.


Se errar é humano, culpar os outros pelos seus próprios erros já se transformou num mantra, ou seja, na principal desculpa para os tantos quantos que conseguiram chegar ao poder e veem-se obrigados a transferir para outros a sua própria incapacidade.


Enquanto continuarmos nos omitindo de participar da nossa atividade política, dando a devida importância aos nossos votos, decerto uma coisa: os chamados salvadores de pátria, por vezes, conseguem se sobressaírem, pois para estes, seus baús de promessas nunca estão vazios.


A nossa própria constituição, no seu artigo, o 5º, ao tempo que defende a livre manifestação do pensamento, veda o anonimato. Portanto, se absoluto fosse, nenhum dos seus parágrafos o excepcionaria. Digo ainda mais: se absoluto fosse, a honra e a imagem das pessoas, covarde e desrespeitosamente, ficaria à mercê das hordas de caluniadores, injuriosos e infamantes, e pior ainda, em tempos de internet e das redes sociais.


A liberdade de expressão e de manifestação são sim, importantes,  especialmente, para se contrapor a censura, esta sim, o instrumento utilizado pelos governantes autoritários, ou seja, por aqueles que pretendem se eternizar no poder utilizando o poder da força e não a força do poder. Para estes lembremos os históricos dos maiores tiranos da nossa história humana.


Quem confunde liberdade de expressão com censura, sem sopesá-los é, no mínimo, um potencial criminoso, até porque, como bem disse Simone de Beauvoir: “o direito de uma pessoa termina quando começa o direito da outra”, este princípio torna-se mais prevalente quando um inocente se torna vítima dos difamadores, dos agressores e dos injuriosos.


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Narciso Mendes