Os infamantes, os caluniadores e os injuriosos dizem. agir em nome da liberdade de expressão e de opinião.
Os avanços dos nossos meios de comunicações foram tão extraordinariamente e de tal ordem, que já não mais poderemos considerar a liberdade de opinião e de expressão como um direito absoluto, isto porque, os agressores das honras alheias escolhem suas vítimas e partem na dianteira.
Quando a constituição dos EUA foi promulgada, as comunicações à distância não existiam. Só e somente só: frente a frente, cara a cara ou de uma pessoa para outra. A título de esclarecimento: a primeira comunicação à distância só veio ocorrer na década de 1830, graças ao telégrafo, o primeiro instrumento de comunicação à distância que se tem notícia, este por sua vez, inventado por Samuel Morse.
Detalhe: a notícia do assassinato do então presidente dos EUA, Abraham Lincoln, na manhã do dia 15 de abril de 1865, só conseguiu chegar à Europa, por volta do dia 22 de abril, portanto, sete dias após a sua morte.
Se presentemente as notícias conseguem chegar, instantaneamente, a todos os cantos e recantos do mundo e se antes as mentiras conseguiam dar várias voltas nos quarteirões enquanto as verdades sequer haviam saído às ruas, no presente, graças à internet, conseguem dar várias voltas no mundo.
Nada a favor da censura, e sim, contra as desinformações, em particular, contra os chamados blogueiros de aluguel, a pior espécie que poderia emergir no mundo das comunicações, afinal de contas, a maioria deles é contratada para veicular desinformações, independente, das agressões que proporcionem.
Se a internet veio proporcionar que, em tempo real, as informações fluíssem com mais facilidades, nada a contestar, conquanto o binômio informação/responsabilidade viesse se tornar, a razão se ser, da própria liberdade de expressão.
No nosso país, como consequência da nossa radicalização política e ainda pior, por sê-la de natureza pessoal, de um lado, os bolsonaristas e de outro, os lulistas, em razão das suas cegueiras políticas, seus radicais fazem de tudo para transformá-los em heróis. Impossível, e isto porque, se o presidente Lula é um ladrão e o ex-presidente Jair Bolsonaro, um genocida, o que mais restaria ser exposto para termos na pior das nossas contas.
Se maldito é o país que precisa de heróis, conforme contextualizou Bertolt Bercht, pior ainda é o país que insiste em forjá-los. Os nossos candidatos a herói precisam entender que a vida é para quem topa qualquer parada e não para quem para em qualquer topada.
O herói, verdadeiramente herói não vive pensando que a sua presença precisa ser notada, mas sim, que a sua falta seja sentida. Sendo mais preciso: todos os meus heróis encontram-se mortos e sepultados, e para minha tranquilidade, deles jamais serei decepcionado.