Foto: Sérgio Vale
Num país dominado pelo ódio político de agressões entre extremistas de direita e extremistas de esquerda, em que se ofende, se briga e se mata pora causa de uma escolha ideológica, o governador Gladson Cameli (PP) e o presidente Lula (PT) – de lados antagônicos – deram uma prova na última visita presidencial ao Acre, que se pode fazer política, pensar diferente, deixando o ódio de lado. Ao reconhecer ter sido o Lula o presidente que mais investiu em infraestrutura no Acre ao longo dos seus mandatos, o Gladson deu uma prova de grandeza, o que não é muito comum no atual cenário da política. O Gladson, gostem ou não dele, agiu como um estadista sem o rancor dos radicais. As diferenças políticas foram deixadas de lado para os palanques do próximo ano. Num estado pobre como o Acre, deixar de enaltecer a destinação de 1 bilhão de reais para obras no estado, seria comportamento de político de estatura nanica. O belo da política é discordar, mas respeitar o que pensa o adversário. Foi o que mostraram o Gladson e o Lula.
NOME NA CONTABILIDADE
O grupo do suplente de deputado federal Fábio Rueda (UB) dá como certo na sua contabilidade política, o apoio do prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, na próxima eleição.
TAREFA INDIGESTA
O presidente regional do Republicanos, deputado federal Roberto Duarte, tem uma tarefa indigesta pela frente: formar uma chapa forte para a Câmara Federal. E, por um detalhe: faltam nomes disponíveis para montar um bom time.
SERIA A SALVAÇÃO
O que poderia ajudar na formação de uma chapa para federal no Republicanos seria a filiação do senador Alan Rick (UB). Um candidato que lidera as pesquisas funciona como o polo de atração de nomes, para a montagem de uma chapa.
TOLICE SEM TAMANHO
Quem pauta um pedido de impeachment no Senado, é o seu presidente, que já disse que nem com 81 assinaturas vai pautar pedido neste sentido. Tolice, pois, sem tamanho, ficar exigindo o voto do senador Sérgio Petecão (PSD), sobre algo que nem existe. A desinformação política é uma merda.
PREVISÃO DE GURU
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, em entrevista esta semana ao GLOBO, disse que no atual cenário de divisão da direita o presidente Lula seria reeleito. E que desaconselhou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas a disputar a presidência sem a unidade da direita. Culpa o bolsonarismo pela divisão existente.
JOGO DA DEMOCRACIA
Ao participarem da visita presidencial do Lula ao Acre, os deputados federais José Adriano (PP), Antônia Lúcia (Republicanos) e Meiri Serafim (UB) deram uma prova de democracia, mesmo não sendo do grupo político do presidente. E nem por isso deixarão de pensar diferente.
APARECEU A MARGARIDA
Depois que perdeu o mandato, o ex-deputado federal Léo de Brito (PT) se aboletou em um cargo federal em Brasília, e somente veio dar as caras pelo Acre agora na visita do Lula a Rio Branco. Ajudar o PT a sair do atoleiro político em que se encontra no estado, nem pensar. Seu pirão, primeiro.
RECUADA ESTRATÉGICA
A recuada do prefeito Tião Bocalom do debate sobre a disputa do governo é apenas estratégica. Quer ver o cenário do que vai acontecer até o final do ano, para colocar a cabeça de fora e anunciar a sua candidatura. Sonha acordado com a desistência da vice-governadora Mailza Assis (PP) em disputar o governo. Um sonho que vai virar pesadelo, ela é candidata.
NÃO É O ÚNICO
Os bolsonaristas jogam com a narrativa de um ex-presidente perseguido e preso. Não é o único dos presidentes a ser penalizado. Além dele, tiveram suas prisões decretadas, o Lula, Fernando Collor e Michel Temmer. Não se trata de caso único na história política do país essa prisão de Jair Bolsonaro.
VIROU MISTÉRIO
Em que partido vai se filiar o senador Alan Rick (UB) para disputar o governo, no MDB, Republicanos ou PSD? É a indagação que mais se faz nos bastidores políticos. Os três partidos precisam de um bom candidato próprio ao governo para atrair aliados e montar boas chapas de deputado federal. O Alan cai como uma luva na aspiração do trio.
AMPLA DISCUSSÃO
O presidente do MDB, Vagner Sales, diz trabalhar para que a decisão sobre que candidato o partido vai apoiar para o governo, saia de uma ampla discussão partidária, ouvindo, inclusive, os diretórios municipais.
VELHOS AMIGOS
Uma cena que reuniu velhos amigos, o encontro do Lula com a ex-vereadora Francisca Marinheiro. A Marinheiro foi a primeira mulher petista a se eleger vereadora de Rio Branco. Nunca abandonou o partido.
NOME DO CORAÇÃO
Não vou me admirar se o ex-governador Binho Marques aparecer como suplente na chapa do candidato ao Senado, Jorge Viana (PT). Binho fez um governo técnico impecável.
GRANDE ARTICULADOR
Não vi o registro, mas o grande articulador para a visita do Lula ao Acre foi o ex-senador Jorge Viana. Ambos são amigos de velhas datas.
DISPUTA DE PROFISSIONAIS
A próxima disputa pelas duas vagas do Senado no estado vai acontecer entre candidatos que já exerceram cargos na gestão do Executivo ou como detentores de mandatos. Será uma das disputas das mais equilibradas, com nomes como Sérgio Petecão, Gladson Cameli, Márcio Bittar, Jorge Viana e Mara Rocha. Uma disputa entre profissionais.
TETO DE ELEIÇÃO
Um partido para eleger um deputado estadual na próxima eleição deverá atingir em torno dos 18 mil votos da legenda. Para eleger o segundo 27 mil votos e daí em diante…..
APOSENTADORIA COMPULSÓRIA
Deve cair no colo da vice-governadora Mailza Assis (estará no governo) indicar um nome para o TCE, em substituição ao Conselheiro Valmir Ribeiro, que será aposentado compulsoriamente.
DOMINGO NA PAZ
Um bom domingo, na paz celestial.
FRASE MARCANTE
“É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós”. José Saramago.
NÃO SE GANHA O QUE SE TEM
O presidente do PODEMOS, Ney Amorim, anda se oferecendo para ser vice na chapa de Mailza Assis (PP) ao governo. Não acrescentaria nada. Já é do grupo político da Mailza. E não se ganha o que já se tem. Para somar teria que ser um vice vindo de um partido fora da sua aliança. O PODEMOS é quase um partido cartorial, não está organizado em todos os municípios.