A servidora da Maternidade de Cruzeiro do Sul, de inicial M. acusada de dar banho com água quente na recém-nascida Aurora Maria, foi indiciada pela Polícia Civil por lesão corporal de natureza gravíssima e a pena pode variar de 2 a 8 anos.
O delegado Venicius Almeida concluiu o inquérito policial nesta quinta-feira,7, depois de ouvir a mãe de Aurora, que voltou a Cruzeiro do Sul na quarta-feira, 6, com a filha e o marido. E essa quinta (7) também foi feito o exame de corpo de delito complementar.
Ainda de acordo com o delegado, além dos depoimentos, os laudos periciais e os exames realizados na criança confirmaram que as lesões na pele da Aurora foram causadas pela água quente no momento do banho e não por uma doença de pele. Ela pode ficar com algumas deformidades permanentes.
“A temperatura da água estava, sim, elevada e isso foi resultado das queimaduras dela, tendo em vista que o laudo da doença que era suspeita da criança ser portadora, o laudo deu negativo. A criança não possui qualquer tipo de doença. O médico legista atestou que a criança, infelizmente, vai ficar com algumas deformidades permanentes, fazendo com que o crime de lesão corporal, até então de natureza grave, resultado pelo perigo de vida que a criança sofreu, passou para uma lesão corporal de natureza gravíssima e o código penal prevê uma pena de 2 a 8 anos”, relatou o delegado.
A pequena Aurora Maria Oliveira Mesquita, desembarcou em Cruzeiro do Sul, na quarta-feira, 6, após receber alta do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Ela havia sido transferida para a capital mineira após sofrer graves queimaduras nos pés e pernas durante o primeiro banho na maternidade de Cruzeiro. O caso ocorreu no dia 22 de junho, um dia após seu nascimento.