Após quase 10 horas de votação, o gabinete de segurança de Israel aprovou, na sexta-feira (8) no horário local, o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para ocupar a Cidade de Gaza.
“O Gabinete de Segurança aprovou a proposta do primeiro ministro para derrotar o Hamas”, confirmou o gabinete em um comunicado. “As IDF (Forças de Defesa de Israel) se prepararão para a tomada da Cidade de Gaza, garantindo ao mesmo tempo o fornecimento de ajuda humanitária à população civil fora das zonas de combate.”
Mais cedo, o premiê afirmou em entrevista à FoxNews que pretendia assumir o controle militar de Gaza e, eventualmente, entregá-la a forças árabes, que a “governariam adequadamente”. Ele negou que Israel quer manter controle sobre Gaza e governá-la.
“Não queremos mantê-la. Queremos ter um perímetro de segurança. Não queremos governá-la. Não queremos estar lá como um órgão governamental”, pontuou.
A declaração aconteceu pouco tempo antes da votação do gabinete de segurança israelense sobre a reocupação total de Gaza.
A medida surge após o fracasso nas negociações de cessar-fogo com o Hamas. No último final de semana, o grupo palestino divulgou vídeos de reféns fracos e desnutridos, gerando protestos e reações das famílias israelenses.
O grupo palestino se pronunciou nesta quinta-feira (7) sobre o plano de Netanyahu chamando a iniciativa de “golpe” em meio às negociações de cessar-fogo.
Em um comunicado, o grupo palestino disse que os planos de Israel para expandir a ofensiva no enclave palestino mostram que o objetivo do premiê é sacrificar os próprios reféns para “servir seus interesses pessoais”.