Ao ignorar, diria até, ao se insurgir contra a OMC o presidente Donald Trump se sente dono do mundo.
Se entre países não existem amizades infinitas e nem inimizades eternas, neste particular, o presidente Donald Trump vem cometendo o mais elementar erro de natureza política, afinal de contas, ao insistir fazer a América Grande Novamente, ainda que em prejuízo dos seus próprios parceiros, cada vez mais, menos os EUA crescerão, diria até, mais isolado se tornarão.
Para evidenciar as suas reais e pretensiosas intenções, ele próprio chegou a dizer que havia sido eleito para mandar no mundo e não apenas nos EUA. Se no passado, reporto-me aos anos que se seguiram a 2ª guerra mundial, a outrora URSS se contrapôs ao mandonismo dos próprios EUA e daí adveio a chamada guerra fria, presentemente a China e vários outros países jamais irão entregar seus pescoços para Donald Trump afixar suas pretendidas coleiras.
Ao se reportar a aliança EUA/Brasil, uma parceira que vem se arrastando ao longo dos últimos 200 anos, disse ele: o Brasil precisa mais dos EUA que os EUA do Brasil. Ao assim se pronunciar, só e somente a uma conclusão haveremos de chegar, qual seja, se eleito, iria usar o poder da força e não a força poder para conseguir seus intentos.
Como o comércio entre países, sempre motivou e continuará motivando os mais diversos desentendimentos, no dia 1 de janeiro de 1995 a OMC-Organização Mundial do Comércio foi instituída e dotada de poderes para arbitrar seus hipotéticos conflitos.
Ainda que os chefes de Estados, e em todo o mundo, discordem do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump, o Brasil, em particular, não merecia ter sido escolhido como o patinho feio da sua desmedida fúria.
Se as discordâncias comerciais entre países são arbitradas pela OMC e as discordâncias políticas pela ONU, jamais o presidente Donald Trump poderia intervir, e de forma isolada, a pretexto de isentar o ex-presidente Jair Bolsonaro de ser julgado pela instância máxima do nosso poder judiciário.
Ao ignorar uma aliança que existe há mais de 200 anos, entre EUA/Brasil, e imaginando que nos renderíamos, ou mais precisamente, que iríamos perder a nossa própria estima e autodeterminação, isto jamais acontecerá, e a provar que não, o nosso STF tem se revelado cada vez mais altaneiro e patriótico.
Se dos 11 ministros que integram o nosso STF, 8 deles invariavelmente vem demonstrando que não se renderão as pressões internas e muito menos as externas, sobretudo àquelas originárias das denúncias que o deputado federal Eduardo Bolsonaro vem fazendo, os prognósticos dos 99 entre os 100 dos nossos melhores jurisconsultos já dão como certo que o seu pai, Jair Bolsonaro, será condenado a uma pesadíssima condenação, e o próprio deputado federal Eduardo Bolsonaro poderá ser condenado pelos seus reiterados crimes de lesa-pátria.