Foto: Reprodução/TV 5
Quatro detentos investigados pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Acre se tornaram réus por envolvimento no assassinato brutal de uma moradora em situação de rua. A decisão é do juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco, que acatou a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC).
Passam a responder judicialmente os presidiários Eduardo Queiroz Veríssimo, Elton Quaresma Pereira (conhecido como “Nego Elton”), Luan Kennedy Lopes da Silva e Daniel Pira.
Segundo reportagem da TV 5, os réus vão responder por homicídio qualificado — com as agravantes de motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Eles também foram denunciados por corrupção de menores, esquartejamento, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma de fogo e ligação com facções criminosas.
A denúncia do MPAC aponta que os quatro, com o apoio de dois adolescentes de 16 anos, assassinaram Janária Andressa Souza de Lima na manhã do dia 17 de junho de 2024, na região do Triângulo Novo, próximo à Cidade Nova, em Rio Branco. A vítima, que vivia em situação de rua e era usuária de drogas, foi morta, esquartejada e enterrada em uma cova rasa.
Ainda de acordo com as investigações, dias após o homicídio, o corpo de Janária foi desenterrado e os restos mortais foram colocados em um saco plástico e jogados no Rio Acre, numa tentativa de dificultar o trabalho dos investigadores. A identificação só foi possível após exames de DNA feitos a partir de um membro encontrado às margens do rio.
“Foi um trabalho intenso de tentativa de identificação. Conseguimos individualizar a vítima por meio de comparação genética, e a partir disso, confirmar que o desaparecimento se tratava de um homicídio, com esquartejamento e ocultação de cadáver”, explicou o delegado Alcino Júnior, responsável pelo inquérito.
O juiz concedeu prazo de 10 dias para que as defesas dos réus apresentem resposta à acusação.