A Justiça Federal acatou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e suspendeu as atividades da empresa MHX Serviços de Mineração e Empreendimentos Ltda., acusada de extrair diamantes ilegalmente nos municípios de Manicoré e Novo Aripuanã, no sul do Amazonas. Com o recebimento da denúncia, os três sócios da empresa se tornaram réus e responderão por crimes como usurpação de bem da União, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, uso de documentos falsos e associação criminosa.
A decisão judicial também impôs aos empresários medidas cautelares, como comparecimento regular à Justiça, proibição de deixar a cidade e de manter contato entre si — em substituição à prisão preventiva solicitada pelo MPF.
Segundo a investigação da Operação Adamas, a empresa operou ilegalmente entre 2013 e 2019, sem autorização válida, usando documentos falsos para obter registros junto à Agência Nacional de Mineração (ANM), incluindo o Certificado Kimberley Process (CPK), que regula o comércio internacional de diamantes.
O MPF também pediu à Justiça a reparação dos danos ambientais e ao patrimônio da União, no valor de R$ 5 milhões, além de R$ 1 milhão por danos morais coletivos e sociais a serem pagos por cada réu.
A ação foi apresentada pelo 2º Ofício da Amazônia Ocidental, unidade especializada no combate à mineração ilegal no Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia.