O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decretou a prisão preventiva dos policiais militares Miqueias Costa de Souza e Augusto Albuquerque da Silva, acusados de envolvimento na morte do estudante universitário Marco Aurélio Winholt, de 20 anos. A decisão foi tomada após o Ministério Público do Estado (MP-AM) apresentar indícios de que testemunhas do caso foram ameaçadas por agentes da Polícia Militar, o que prejudicou o andamento do processo.
Marco Aurélio era aluno do 5º período do curso de Relações Públicas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e foi morto em outubro de 2023, na Comunidade Raio de Sol, na Zona Norte de Manaus. Segundo a denúncia, ele foi atingido por disparos enquanto assistia a um jogo de futebol. Ao tentar fugir dos tiros, foi baleado sem chance de defesa. A vítima estava desarmada e não possuía antecedentes criminais, conforme registros do próprio TJAM.
A decisão judicial foi assinada no dia 30 de julho pelo juiz Fábio Lopes Alfaia, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. O magistrado acolheu o pedido do MP-AM e de advogados que atuam como assistentes de acusação, considerando a ausência de testemunhas em audiência de instrução devido às ameaças. O promotor responsável pelo caso justificou a prisão para garantir a ordem pública, a conveniência da instrução processual e a aplicação da lei penal.
Na época do crime, a Polícia Militar informou que realizava uma operação em resposta a denúncias sobre homens armados invadindo residências na comunidade. Segundo a corporação, suspeitos fugiram ao notar a presença dos policiais. O caso segue em investigação.