Em entrevista ao ac24horas, neste domingo, 03, durante a última noite de Expoacre 2025, o deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), destacou que, com a retomada dos trabalhos na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) na próxima terça-feira (05), um dos principais focos será a situação dos produtores rurais, que enfrentam embargos ambientais e dificuldades para acessar crédito e produzir. Ele também criticou a atuação da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas Marina Silva.
Ribeiro, que é relator da Comissão de Ambiental, afirmou que buscará soluções para garantir segurança jurídica aos produtores, sem descuidar da responsabilidade ecológica.

Foto: Jardy Lopes
“Precisamos atualizar o zoneamento econômico-ecológico do estado do Acre para que os produtores em áreas como APAs não sejam prejudicados, mas com muita responsabilidade ambiental”, explicou. O parlamentar ressaltou que muitos pequenos produtores estão em uma “situação complexa”, com terras embargadas e sem condições de sustento.
Ribeiro defendeu uma maior integração do Legislativo estadual e federal no debate, cobrando uma posição mais ativa da bancada acreana em Brasília. “Todo o poder legislativo tem que se integrar a isso. Queremos chamar a atenção da bancada federal para que eles observem o que os produtores rurais, especialmente os pequenos, vêm sofrendo na Amazônia”, afirmou.

Foto: Jardy Lopes
O deputado reforçou que não é favorável ao desmatamento ou às queimadas, mas criticou a falta de “meio-termo” nas políticas ambientais. “Hoje, não existe equilíbrio. Muitos produtores estão com áreas embargadas, sem acesso a crédito e com dificuldades estruturais. O Acre precisa encontrar um ponto de equilíbrio para que eles não sejam sacrificados”, declarou.
Questionado sobre a responsabilidade da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, Ribeiro foi crítico: “O Brasil tem que ser soberano. A Marina erra muito porque está muito sob influência de organizações internacionais, quando deveria conhecer mais a realidade do povo da Amazônia, na verdade, ela conhece porque ela daqui [Acre]. Espero que ela tenha mais consciência política e social”, disse.