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Novo nome no tabuleiro

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

A grande novidade da última pesquisa do instituto DELTA para o governo foi o aparecimento do médico Thor Dantas (PSB), com 4% das intenções de votos, sem fazer campanha e sem anunciar que aceitaria a missão de ser candidato do grupo de partidos da ala progressista da política acreana. Já cheguei a falar, bem anterior à pesquisa, com o Thor, e este me disse ser sua candidatura um caso a pensar, por ter muitos projetos na área da saúde. O ex-governador Jorge Viana se posicionou que prefere ver como candidato ao governo do grupo, alguém que não seja do PT. Considera ser uma arrogância o PT ter um candidato a senador e a governador do partido. O nome do Thor, neste caso, seria a solução. Thor é um médico jovem, infectologista e que teve atuação destacada no auxílio aos doentes na pandemia do Covid- 19. Acreano, respeitado no campo da saúde, Thor seria algo novo na política para a disputa do governo no próximo ano. Seu nome não enfrenta resistência em nenhum partido da federação formada pelos partidos de esquerda. Só falta dizer sim aos convites e entrar no jogo.


LITURGIA DO CARGO


O prefeito Tião Bocalom tem que entender que a liturgia do cargo que ocupa o coloca acima da sua ideologia, quando se trata de receber o presidente Lula, mesmo sendo seu adversário e bolsonarista radical. Assim é na boa política. E lembrar que os ônibus elétricos e as casas do PAC anunciados por ele, são projetos que vai executar com recursos do governo federal. Bocalom não precisa receber o Lula de vermelho e nem deixar de gostar do azul. Basta ser estadista.


COISA DE MALUCO


O ex-presidente Bolsonaro está inelegível duas vezes, com forte tendência de sofrer condenação no STF por golpismo. Não são atos de protesto e nem tarifaço que vão mudar a sua situação jurídica. É preciso soletrar para entenderem isso?


NÃO VEJO BRECHA


Política é política, mas no atual cenário não vejo brecha para o deputado Nicolau Júnior (PP) ser candidato a governador, por um fator: a vice-governadora Mailza Gomes não abre mão da sua candidatura ao governo. E ambos são do mesmo grupo político. Dois corpos não ocupam o mesmo espaço, é a lei da Física.


CARTA DE SEGURO


Segundo um político que defende a candidatura do senador Alan Rick (UB) ao governo, este não deve se filiar ao MDB por temer que no campo nacional o partido se alie ao PT para apoiar o Lula, e ele por ser bolsonarista ficaria numa situação política difícil. Ou seja: o MDB dançou.


NADA CÔMODA


O MDB está numa situação nada cômoda. A dificuldade para montar uma chapa competitiva de deputado federal será grande; não terá candidato próprio a governador, e nem recursos financeiros de peso para bancar uma candidatura cara ao Senado. O MDB precisa estar numa chapa majoritária, ou afunda em 2026.


NADA MAIS HIPÓCRITA


Nada é mais hipócrita do que a política. Os partidos União Brasil e o Republicanos possuem ministérios no governo do Lula, e no Acre seus políticos posam como opositores do governo petista. Seus partidos mamam no governo do Lula e aqui querem posar de puros? Quem come na gamela, come na gamela.


SERIA UM NOME


O destaque das suas ações à frente do DERACRE, tornando um órgão que era morimbundo num órgão ativo, despertou o interesse de partidos em ter a presidente Sula Ximenes como candidata a deputada em 2026. Seria um bom nome, mas ela nega mirar na política.


RETA FINAL


Os vereadores da capital que não são da base do prefeito Bocalom e que querem projetar seus nomes para deputado estadual, têm que mostrar protagonismo com uma atuação mais incisiva nesta volta ao trabalhos. Apenas os vereadores Eber Machado (MDB) e André Kamai (PT) fizeram o que se pode chamar de oposição. Os demais ficaram naquele rame-rame de críticas pontuais à gestão do Boca.


A VERBA É O VERBO


Quem quer ser candidato a senador ou a deputado federal em 2026, faça um levantamento de custos com quem entender do riscado, porque a grana que se gasta numa campanha é alta, e se alguém pensa que se elegerá para o Senado ou para a Câmara Federal só porque tem um nome respeitável ou faz um bom trabalho na gestão pública, se prepare para pegar balsa. Nas eleições no Acre – infelizmente – o que prevalece numa campanha para conquistar votos é a verba e não o verbo.


VAI SER ATROPELADO


Para o Senado, o candidato que não tiver recursos para bancar campanhas de deputados estaduais e federais, uma boa grana para atrair apoio de prefeitos, pagar cabos-eleitorais de Marechal Thaumaturgo à Assis Brasil, vai ser engolido pelos candidatos montados na grana. Não tem outro jogo.


MULHERES PIONEIRAS


A médica Laélia Alcântara, senadora pelo Acre e a primeira negra a chegar ao Senado. A Yolanda Lima, que foi a primeira mulher a ser governadora do Acre. Mária Lúcia, eleita deputada federal e símbolo de resistência à ditadura, foram mulheres fortes e que abriram o caminho para mostrar que não só os homens podem ser protagonistas na política do estado. E por isso devem ser sempre reverenciadas e lembradas para os mais jovens.


QUEDA GRANDE


Quem sofreu uma queda grande na última pesquisa para a anterior sobre a disputa do governo foi o prefeito Tião Bocalom, caiu 10 pontos percentuais. Mas, isso para o Boca não lhe desestimula, nunca levou as pesquisas a sério. Vai em frente.


CHAPAS CASADAS


Gladson Cameli para o Senado e Mailza Assis ao governo. Tião Bocalom ao governo e Márcio Bittar ao Senado. Alan Rick para governador e Mara Rocha para senadora. São as chapas casadas até aqui para a eleição do próximo ano.


NEM TOCA


Mesmo sendo do mesmo partido, o vice-prefeito Alysson Bestene até aqui não se pronunciou nem de raspão sobre apoio à candidatura de Mailza Assis ao governo. Ninguém mais que ele torce para o Boca disputar o governo, porque ganharia dois de mandato e ainda poderia disputar a reeleição. Na base do: o meu pirão, por primeiro.


DOMINGO DE PAZ


Um domingo de muita paz, sem ódio no coração, e com a proteção de Deus. São os votos do BLOG.


FRASE MARCANTE


“Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de ninguém sem nenhuma razão.” Chico Xavier.


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Luis Carlos Moreira Jorge